Quando, a 6 de abril, Carlos Leituga socorreu uma cadela que estava há 21 horas a sofrer, num descampado em Barcelos, depois de ter sido atropelada, prometeu fazer tudo por ela. Pelo que tinha superado, em grande sofrimento, deu-lhe logo um nome – Dura. E foi isso mesmo que esta patuda se revelou: uma resistente.
Com internamento e acompanhamento constante no Hospital Veterinário de Vila do Conde, durante um mês e meio, e sempre com visitas de Carlos e da sua restante família – que vivem naquela zona –, Dura foi superando todas as etapas e no dia 10 de maio o seu salvador anunciava o que todos mais queriam ouvir: a cadelita estava já a 100 por cento e pronta para adoção. E num instante encontrou um novo lar.
Foram muitos os portugueses que se apaixonaram por Dura. Carlos e a sua mulher, Cris Campos, analisaram criteriosamente os vários candidatos, pois queriam que esta cadelinha – que também os deixou rendidos, mas que não puderam adotar por já terem vários animais – tivesse a melhor vida possível. E não têm dúvidas de que é isso que vai ter.
No passado sábado, 20 de maio, Carlos mostrou uma foto que dizia tudo. “Aqui vamos nós de viagem com a Dura, a caminho da sua nova família”, anunciou, para grande entusiasmo de quem acompanhou a sua evolução. “A Dura está muito muito bem. Tirando esta fragilidade – e está a ficar cada dia que passa mais resistente –, a Dura está uma cadelinha normal. Ela corre, brinca, dá ao rabo quando está feliz, etc. Tudo isto são indicadores do bem-estar que ela tem. Queremos agradecer de coração a todos por tudo”, escreveu.
“Ela foi para Setúbal”, conta Carlos Leituga à PiT. E Apesar da distância, não deixarão de se ver. “vamos poder estar com ela sempre que quisermos. Foi colocada até A hipótese de dividir caminho para os reencontros”, afirma, com alegria na voz. “A nova família da Dura é muito amigável e tem muito carinho para lhe dar também”.
Carlos confessa que já sentem saudades. E ela sem dúvidas que também as sente. Mas sabe que está em boas mãos e que está a ambientar-se bem, o que o deixa muito feliz. “Já vimos vídeos e vê-se que ela se sente já em casa”.
Dura sofreu tantas horas devido à falta de auxílio oficial. Carlos Leituga, ao vê-la ferida e sem assistência, não aguentou vê-la assim, responsabilizou-se por ela e chamou o veterinário. Foi logo operada e correu bem – e a recuperação foi-se fazendo no seu tempo, e com o amor de Carlos e da família. Agora que o pior já passou, o caminho em frente vai continuar a ser de amor.
Percorra a galeria para ver algumas fotos de Dura, as condições em que esteve e o seu olhar agradecido por terem cuidado dela e lhe terem tirado as dores.