Paraísos não há muitos, mas este bar e restaurante está localizado num local que está bem perto de o ser. No Cabo da Roca, em Sintra, encontramos o Moinho Dom Quixote. “Lothar, o fundador, pegou num moinho perdido e criou um paraíso”, afirma à PiT João Kraeski, responsável pela comunicação do Moinho. Rodeado por natureza e com uma vista maravilhosa sobre a praia do Guincho, não há muitos lugares melhores para passar um bom momento com quem lhe é mais querido. Incluindo o seu patudo.
“Lothar sempre foi muito apaixonado por animais e desde que abriu, em 1989, que é pet friendly. Desde o rebranding, há dois anos, que fizemos questão de o manter aberto para animais”, conta João. “Houve uma altura quem que viviam 11 cães no moinho, e agora temos dois, a Noah e o Luca, que passam os dias no meio dos clientes. Além disso, temos dois gatos que também estão lá no espaço e, por vezes, aparecem uns da vizinhança para fazer uma visita. Há pessoas que até vêm propositadamente porque gostam da companhia dos animais”, acrescenta.
O restaurante possui tigelas com água para os animais e pretende colocar itens no seu menu especificamente para eles. No entanto, ainda é um projeto que está a ser trabalhado.
O espaço é composto por uma zona ao ar livre e outra interior. Lá fora, os patudos podem andar à vontade, mas na parte de dentro precisam de estar de trela. A parte favorita deles é o jardim, onde “estão sempre a brincar e até bebem água da fonte”, diz o responsável, com um riso.
Tal como Dom Quixote, Lothar era um sonhador que amava as artes e por isso, quando viu o moinho pela primeira vez, decidiu que este “voltaria a encantar com toda a sua beleza”. Por muitos visto como uma loucura, como quando a sua inspiração decidiu tornar-se cavaleiro, Lothar tinha um “sonho”, mas contrariamente a Dom Quixote, conseguiu concretizá-lo.
Sancho Pança, Dulcinea, Rocinanrte e, claro, D. Quixote
Em homenagem à obra, o Moinho criou o seu menu de brunch inspirando-se em algumas das personagens. “Procuramos ter os ingredientes relacionados com a história. O Sancho Pança é mais gordo, com o bacon. O Dulcinea é mais delicado, com o croissant lênotre e o doce. O Rocinante comia maçãs, então decidimos fazer um prato relacionado com isso, utilizando a maçã assada nas panquecas”, explica João. Além destes três menus não podia faltar um em honra a Dom Quixote: dois ovos estrelados no forno com crosta de parmesão sobre uma torrada de pão alentejano com tomate raspado, azeite, orégãos e verduras, acompanhado por sumo de laranja.
O menu do restaurante é vasto e possui opções para almoço, jantar, pequeno-almoço e lanche, tal como tem um amplo menu de cocktails, com e sem álcool, e vários vinhos por onde pode escolher, tendo inclusive vinho quente. “Valorizamos os produtores locais e os produtos biológicos. Temos uma horta e usamos os ingredientes dela”, sublinha o responsável pela comunicação do estabelecimento.
“Lothar adorava viajar e temos peças de todo o mundo na decoração do nosso interior”, conta João. “Neste momento queremos cada vez mais que o espaço tenha arte e estamos abertos para artistas locais exporem as suas obras. Principalmente se tiverem a ver com o moinho. Temos arte espalhada por todo o espaço e queremos que seja algo sempre presente”, acrescenta.
O Moinho também realiza eventos relacionados com arte, desde sessões de poesia, a espetáculos musicais com variados tipos de artistas. “Somos um mix cultural e temos desde fado a música popular brasileira. Na sexta-feira vamos ter jazz. O objetivo é sempre agradar a todos os géneros de público”, explica o responsável.
Percorra a galeria para conhecer o restaurante e saber mais sobre os eventos que nele decorrem.