Dizer adeus aos nossos animais de companhia não é um processo fácil. Mesmo quando estamos preparados e tudo acontece de forma natural, sentimos a falta de os ter aos saltos quando chegamos à casa e da companhia constante que nos fazem. Fabricio Rodrigues, um influencer, brasileiro, teve de se despedir de Bob, o seu cão de dez anos, e o momento tem emocionado os seguidores e admiradores da dupla.
“Foram dez anos juntos. Chega uma hora que temos de descansar, amor”, diz, entre lágrimas. “Vais ser para sempre o meu Bobzinho. Amo-te eternamente. Podes descansar. Vai em paz”, acrescenta, enquanto o cão aparece debilitado no seu colo.
Diariamente, Fabricio faz vídeos para as redes sociais e estava habituado a ter sempre a companhia do patudo. Contudo, quando Bob adoeceu e os tratamentos deixaram de funcionar, teve de se preparar para dizer adeus. O influencer decidiu gravar um último vídeo com o companheiro e com a mãe, que adorava o cão tanto quanto ele.
O vídeo, um verdadeiro murro no estômago, foi partilhado pouco tempo antes do patudo morrer, no final de 2024, e o influencer garante que ainda não está preparado para ter outro cão. “Para quem pergunta o porquê de eu não arranjar outro amigo de quatro patas, eu não consigo e não vou conseguir tão cedo”, confessa. “Foram dez anos juntos e durante esse tempo ele dormiu comigo na minha cama todos os dias. É uma dor que não sei quando vai acabar. Está aí o vídeo completo para vocês verem o tanto que sofremos quando um irmão de quatro patas vai embora”, conclui Fabrício.
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Luto por um animal é “altamente agressivo”
Muitas vezes, choramos a morte de um companheiro de quatro patas como qualquer outra. E às vezes, esta pode ser ainda mais agressiva, segundo vários estudos sobre tema e de acordo com a visão de veterinários que diariamente lidam com a dor dos tutores.
“O luto não é uma simples tristeza. É a combinação da dor — muito intensa, muito severa, muito forte — e do desejo de voltarmos a ver os nossos animais, a abraçá-los. Mas já não estão lá, porque partiram. E esta dor mais este desejo tornam o luto muito mais complexo do que uma simples tristeza, tornando-se uma componente emocional muito forte”, sublinhou André Santos, médico veterinário do Hospital Veterinário do Restelo, numa publicação passada.
O veterinário frisou que, “para se compreender o luto, é importante saber as áreas do apego – que estão relacionadas com o tempo, com o espaço e com a proximidade emocional”.
No caso de Sara Varatojo, cuja história foi contada à PiT, a jovem de 27 anos confessou que começou a fazer terapia para se preparar para a morte de Luna, a primogénita de quatro patas da família. “Por ela ter vindo numa fase tão complicada e ter melhorado a minha vida, comecei a sentir o medo de ficar mal outra vez e criei uma dependência muito grande à volta da Luna”, contou-nos.
Quando teve consciência do problema, procurou ajuda profissional. Hoje, faz terapia de uma a duas vezes por semana, mas apesar de ter encontrado a base do problema, confessa que ainda está a aprender a solucioná-lo. Através das redes sociais, quer mostrar aos outros tutores que a dor é normal e está longe de ser vista como uma vergonha.
De seguida, carregue na galeria para recordar a história de Sara.