Bentley esteve sempre ao lado da dona, nos bons e maus momentos. E o seu último dia juntos assim o prova. “A minha irmã estava a passeá-lo, quando desmaiou repentinamente. Ela tinha cancro”, disse Dee, a “tia” do cão. Ao ver a sua tutora inconsciente e a precisar de ajuda, apressou-se a correr para pedir socorro. E nunca mais voltou.
“Procurámo-lo por todo o lado e não o conseguimos encontrar”. Durante três anos, Dee não descansou até encontrar o mais-que-tudo da sua irmã, e correu todas as ruas da cidade de Memphis, no estado do Tennessee (EUA). Mas, infelizmente, não conseguiu levá-lo de volta para os seus braços ainda em vida.
O Pitbull foi encontrado a vaguear pelas ruas de Filadélfia, cidade no estado da Pensilvânia. A associação Animal Care & Control Team of Philadelphia (ACCT Philly) resgatou-o e levou-o para as suas instalações, para analisar se tinha microchip.
A maioria dos cães encontrados na rua não traz microchip, por isso as esperanças não eram altas. No entanto, quando o mesmo foi verificado, houve um nome a aparecer de imediato. Não o da sua dona, mas de Dee, a sua irmã.
“Tive tantas saudades tuas”, disse Dee, mal o viu. Para a cidadã norte-americana, Bentley não era apenas o cão que tinha desaparecido há três anos, mas também o reflexo da sua irmã, que tinha morrido durante esse tempo.
“Não sei como é que ele chegou até Filadélfia, mas estou muito grata. Ele é a única coisa que temos para a lembrar”, confessou-lhe no momento da reunião. O reencontro foi marcado por muitas lágrimas e emoção, ao mesmo tempo que Bentley reviveu o mimo e o carinho familiar que não recebia há três anos.
Além de ter andado desamparado e sem rumo, a associação veio a descobrir que o cão era surdo, mas que saiba alguma linguagem gestual. Foi levado para casa através de um serviço de transporte canino e tem aproveitado todos os momentos ao lado de Dee. Até vai para o trabalho com ela.
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