Se os gatos têm sete vidas, Ted perdeu uma delas este ano. Quatro dias após ter sido supostamente cremado, o felino entrou pela portinhola da casa onde vive em Inglaterra como se nada tivesse acontecido. Nicci Knight, a tutora, estava de férias na Turquia a lidar com a perda do gato quando saiu da piscina e percebeu que tinha dezenas de chamadas perdidas de Elise, a cat sitter, a dar as boas notícias.

“Não acreditei”, confessou a dona à BBC. “Tive de fazer uma chamada de vídeo para poder ver que o Ted estava realmente vivo”, acrescentou. A proprietária de uma creche infantil tinha recebido a notícia da morte do patudo quatro dias antes, quando já estava a aproveitar as férias com o marido e os quatro filhos. 

Toda a saga aconteceu durante as duas semanas que estava fora. O primeiro telefonema que recebeu, poucos dias depois de chegar ao país turco, foi de um vizinho a informar que Ted tinha morrido afogado num lago mesmo em frente a sua casa. Para confirmar que era mesmo o gato da família, os residentes mostraram o corpo através da câmara de segurança que Nicci tem na porta de entrada de casa, e que consegue aceder pelo telemóvel. 

“Tive de dar as notícias ao meu marido e aos nossos filhos e todos ficámos absolutamente devastados, porque o Ted é uma grande personagem e um membro da família”, partilhou. Com o coração partido mas sem querer dar mais preocupações aos residentes da casa ao lado, Nicci entrou em contacto com o Heavenly Pets, um crematório de animais, para recolher o corpo do felino. 

A educadora terá pagado 130 libras esterlinas (cerca de 154€ euros, à taxa de câmbio atual) para ter o corpo do gato cremado no condado inglês de North Yorkshire. Na Turquia, fez uma pequena homenagem ao patudo ao lado de toda a família. Quatro dias mais tarde, quando estava a aproveitar um dia na piscina, recebeu o telefonema de Elise a afirmar que, afinal, Ted não estava morto.

“Pensei que estava a ver um gato-fantasma” partilhou a cat sitter ao jornal local “The Northern Echo”. E além de ter “ressuscitado”, não veio sozinho — trouxe um rato morto na boca e deixou-o no carpete de casa.

Depois da novidade, Nicci ligou de imediato ao Heavenly Pets a dizer que tinha cometido um erro. Mas já era tarde — o “gémeo” do felino já havia sido cremado. “Foi simplesmente louco”, sublinhou. “Num momento ficámos devastados ao saber que o Ted estava morto e noutro, já estávamos animados por descobrir que ele estava vivo e saudável”. 

Agora, de volta a casa, partiu numa nova aventura: encontrar a família do gato cremado. “O Ted é o gato mais lindo do mundo e faz parte da família, mas sabemos que há alguém por aí triste porque perdeu um companheiro, por isso a busca continua”, afirmou Nicci. Há também a possibilidade do felino cremado ser um gato vadio. 

Antes de Ted, os Knight eram tutores do gato Fred. Depois de morrer, o patudo foi enterrado no jardim da família — pelo menos até a data, ainda não entrou de surpresa pela portinhola da casa da família.

Um caso parecido aconteceu também nos Estados Unidos. Kristie Pereira adotou um cão mix de Hound num abrigo local, mas a alegria não durou muito tempo — após alguns meses de visitas constantes aos médicos veterinários, tomou a difícil decisão de o eutanasiar ao lado da associação onde o adotou. Na altura, terá pagado 15 dólares (13,9€) para a suposta eutanásia. Porém, teve uma surpresa: encontrou-o para adoção.

De seguida, carregue na galeria para saber mais sobre a polémica história.