Família

Gato “arredio” recusa-se a sair do lado de tutora após morte do seu marido

O felino de 17 anos nunca gostou de abraços e aconchegos. Mas agora, está sempre a colocar a pata no colo da dona de luto.
Não sai do seu lado.

Perder alguém que amamos nunca é fácil. Termo-nos de habituar à sua ausência e criar uma nova rotina é um processo demorado — ainda mais quando partilhamos uma vida. É o caso de Theresa Rodgers, que se despediu há poucas semanas do seu marido, Mark, com quem esteve casada durante 38 anos. Consumida pelo luto, a viúva de 73 anos tem procurado conforto nos momentos partilhados com o amado. E encontrou-o onde menos esperava.

Num vídeo partilhado pela sua filha, Barbara Costanzo, 44 anos, o inesperado aconteceu: Harry, o gato de 17 anos de Mark, resolveu confortar a tutora. Apesar do acontecimento não parecer nada demais, o felino foi sempre considerado como “tímido” e nunca foi de muitas conversas. Pelo menos, até sentir que a sua companhia diária precisava de ajuda.

“Ele costumava ser muito arisco. Era bastante meigo, mas um pouco nervoso sempre que alguém novo chegava ou se eu ia visitá-lo”, disse a filha à revista “Newsweek”. “Desde a morte do meu padrasto, ele viu a minha mãe chorar várias vezes, ela está de luto e a ter problemas para comer”, acrescentou.

Houve um dia, porém, que Barbara foi surpreendida pelo comportamento do gato após ir visitar Theresa. “Ele não estava nervoso e nem fugiu quando entrei. A sua principal preocupação era não sair do lado da minha mãe”, recordou. “Ela segura-o como um bebé e dá-lhe muito amor, mas sempre que ela está a fazer outra coisa, como ler ou assistir a um programa, ele fica a colocar a sua pata no seu corpo como se quisesse ter certeza de que ela está bem”.

@beeheartsyou___ My stepdad passed away a few weeks ago and his car has not left my moms side for a moment through all the greif ❤️ #catsoftiktok ♬ take a moment to breathe. – normal the kid

Depois do adorável momento ter rodado o mundo, Barbara partilhou novas atualizações da dupla. Harry e Theresa têm sido “um apoio essencial” um para o outro e estão a “partilhar o seu luto”. A filha, que vive 380 quilómetros de distância, disse ainda que se sente “eternamente grata” pelo felino estar a cuidar da sua mãe.

“Ele é o gato mais meigo de sempre e tem 17 anos”, partilhou. “A minha mãe dá-lhe bastante amor e conforto também, os dois têm mostrado um apoio incrível um pelo outro”.

Além dos humanos, os animais também ficam de luto. E não são só os felinos. Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Milão, em Itália, concluiu que entre os cães analisados (384 fêmeas e 42 machos), 86 por cento apresentaram, após a morte de um companheiro, mudanças associadas à perda.

Destes, 67 por cento procuraram ter mais atenção por parte do tutor, 57 por cento perderam a vontade de brincar e 46 por cento ficaram mais inativos. O estudo refere ainda que 35 por cento dos animais dormiram mais e/ou apresentaram sinais de medo excessivo, enquanto 32 por cento perderam o apetite. Há ainda a registar um aumento, em 30 por cento deles, de latidos e lamentos.

Carregue na galeria para ver algumas fotografias de Harry.

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