Quando João Vilar viajou para os EUA para por lá assentar durante um par de anos, percorreu as ruas à procura do bom velho café português. Sem sucesso. Aos poucos, começou a procurar aprender mais sobre a bebida. “Percebi que havia um estilo completamente diferente de preparar, de torrar o café, daquele que havia em Portugal”, explica o advogado de 43 anos.
De regresso a Portugal, o mais difícil foi habituar-se ao tradicional espresso nacional, agora que se tinha habituado ao chamado café de especialidade. “Deixei completamente de tomar o café tradicional”, nota. E à falta de sítios para provar a nova paixão, decidiu criar o seu — e partilhar esse amor com os outros.
Em 2019 nascia a SO Coffee Roasters, que tem hoje cinco espaços, dois cafés e três pontos de venda para a sua própria torrefação — todos no Porto, exceção feita a um em Lisboa. O mais recente fica na rua da Restauração, também no Porto, inaugurado a 1 de setembro. Mas é mais do que um café.
“Tem um propósito muito específico, porque é onde torramos o café, onde fazemos o controlo de qualidade. Na zona da frente temos a cafetaria. É o coração da SO Coffee Roasters, onde as pessoas podem entrar e ver todo o processo.” Se tiver um cão curioso lá em casa, também pode levá-lo para descobrir os segredos de uma das bebidas mais famosas do mundo. É que o espaço é pet friendly
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São, antes de mais, um “negócio de torrefação” e de venda de café, que pode ser comprado em sacos — e que a empresa distribui por muitos outros cafés pelo País e até fora dele. “As lojas e os cafés surgem como apoio a esta atividade, como forma de mostrarmos o produto que vendemos”, confessa. Certo é que aproximadamente metade da produção é consumida ali mesmo, nas mesas e nos balcões das lojas.
Neste novo espaço, há muitas variedades para experimentar. E até um café verde. “A maioria das pessoas não sabe, mas o café é de facto verde, são grãos verdes”, explica João Vilar, enquanto detalha a dezena de referências que podem ser provadas no clássico espresso ou em filtro.
Quanto à escolha dos grãos, esse é o processo mais importante e delicado, porque é aí que se firma a qualidade. Se o grão não for bom, não há como o salvar. “Privilegiamos o contacto direto com os agricultores. Conhecemos os produtores de quase todos os nossos cafés, falamos com eles. Temos contactos na Costa Rica, Equador, El Salvador, Colômbia”, conta. “São quase todos pequeníssimos produtores de cafés diferentes e especiais.”
Na carta, pode provar do mais simples espresso (1,3€) aos já conhecidos lattes (4€) ou cappuccinos (3€). Nos cafés de filtro pode provar exemplares feitos na V60 (4,5€), french press (4,9€) ou numa cold brew (4€).
Carregue na galeria para ver algumas imagens do novo SO Coffee Roasters.