José Carlos Malato é um reconhecido amante de cães. Mas, depois da morte dos seus Boxers Jolie e Pipo, no ano passado, descobriu que também se podia apaixonar por gatos. O apresentador da RTP deu a conhecer Tufão a 21 de outubro, logo a seguir à perda de Pipo, e a caminhada que têm feito juntos também é de amor – no entanto, o facto de só estar com o gato à noite, quando se vai deitar, fê-lo refletir sobre o assunto e considerar-se “um sacana”.
Foi a irmã do apresentador que lhe ofereceu Tufão, para que não se sentisse só. “Perante a fatalidade de ficar sozinho, a minha irmã decidiu trazer-me o único ser vivo que tinha em casa. ‘Não te quero sozinho! Fica aqui o Tufão!’ Com ele, veio uma caixa com areia, uma espécie de resguardo, um comedor para ração, água e uma pazinha para retirar os cocós! Foram todos embora e eu fiquei com aquela criatura, aparvalhado, sem saber o que fazer. Sem livro de instruções. Nunca mais soube nada dele, mas a meio da noite, senti-o ao de leve, aos pés da cama. Encontramo-nos, esporadicamente, a vaguear pela casa. Já percebi que é um intelectual. Gosta de ficar deitado na secretária em frente ao computador. O resto, é um mistério”, contava José Carlos Malato quando o apresentou no Instagram.
Rapidamente o apresentador e o gato se foram tornando amigos e cúmplices. Mas, com a chegada dos manos Jack Russell Terrier Marilú e Cajó, a 16 de dezembro, José Carlos Malato prefere mantê-los separados do felino. O que faz com que sinta algum desconforto por só dar maior atenção a Tufão quando vai dormir – apesar de o bichano se mostrar feliz com a vida que tem.
“O Tufão parece feliz. Mesmo que me venha deitar depois das dez. Dá duas, três voltas em cima de mim, ronrona, faz-se às festas – nem sei se compreende as minhas declarações de amor – e deita-se aos meus pés, a dormir”, escreveu esta semana na sua conta do Instagram.
Ainda assim, sente que talvez não seja justo. “Passo o dia lá em baixo, com os cães que que lhe ladram a vida de rés-do-chão e nem um sinal de tristeza ou revolta. É verdade que passo as noites só com ele, mas nem por isso deixo de me sentir um canalha. Porque é isso que eu sou”, rematou.
Malato já tinha feito desabafo idêntico
Já em março passado o apresentador tinha partilhado este mesmo sentimento. “Tenho, com o Tufão, uma relação complicada como todas as que tive ao longo da vida. Acho sempre que estou em falta com ele. Passa o dia no andar de cima da casa, na sua vida, e eu a tratar da minha a maior parte do tempo com o Cajó e a Marilú. Britanicamente, às 10 da noite, desce as escadas e chama por mim. Sabe que as minhas noites são dele. Que aquela cancela nas escadas divide dois mundos. O dele e o dos cães. Parece que vai gerindo a sua solidão, mas que depois das 10, não aguenta mais. A essa hora subo, ‘respeitosamente’, e entro no jogo de sedução que só os gatos sabem fazer. Até lhe apetecer. Quando está satisfeito, aninha-se nas minhas pernas, sobre a coberta da cama, e dorme. Faz-me lembrar aquelas mulheres que sabem que o marido tem uma amante, mas que sabem também que, ao fim da noite, eles regressam para casa. Para dormir. Cada ser tem a sua natureza – pessoas e animais -, concordo. Mas isso não impede que me sinta um velhaco. Como sempre”, apontou então.
Talvez Tufão não partilhe da mesma preocupação. É que com José Carlos Malato o amor é mesmo uma coisa muito séria e os seus animais sabem isso. Quando tinha Jolie e Pipo, chegou mesmo a mudar de casa devido ao facto de haver vizinhos que se sentiam incomodados com o “cheiro a cão”.
Percorra a galeria para conhecer os atuais membros de quatro patas da família de José Carlos Malato, bem como Jolie e Pipo.