As paisagens são maravilhosas, o património é vasto, as pessoas são simpáticas e oportunidades de entretenimento não faltam. Estes são alguns dos elogios que os estrangeiros costumam fazer a Portugal. Existe um outro aspeto que muitos exaltam: a abertura que temos a novas culturas.
Na verdade, isto reflete-se na quantidade de restaurantes com gastronomias de diversos pontos do mundo que encontramos espalhados pelo País. Aqui há pratos coreanos, japoneses, mexicanos, brasileiro e, claro, franceses. Caso seja fã destas últimas propostas, há um novo spot que tem de conhecer. Chama-se Madame Lisbonne e abriu a 8 de novembro na Rua Braamcamp.
Numa de La Foata, de 41 anos, é um dos responsáveis pelo espaço — e não é novato na área da restauração. Nasceu em Córsega, mas viveu dez anos em Paris, onde trabalhou em vários restaurantes. “Foi lá que conheci a minha esposa e tivemos um filho”, conta o também cozinheiro. Há cinco anos mudaram-se para Portugal.
“Não queríamos educar o miúdo em Paris porque é uma cidade muito stressante e com muita agressividade, embora seja maravilhosa.” Também pretendiam estar perto do mar e num país cheio de sol, e foi isso mesmo que conseguiram. “Escolhemos Lisboa e não queremos mudar, estamos apaixonados”, diz.
Quando se mudou, nem teve tempo para descansar, porque, com o apoio da sua mulher, abriu uma pizzaria na capital. O Mabiche, que ainda está aberto, vende propostas artesanais em Arroios. Já no Madame Lisbonne conta com a ajuda de Matthieu, de 42 anos. Graças a amigos em comum, também eles estabeleceram uma relação próxima.
O seu primeiro projeto em Portugal tornou-se muito pequeno e, além disso, focavam-se apenas num estilo de pratos. Queria ter uma oferta mais larga e fazer cozinha bistrô tal como a que desenvolvia em Paris. Juntou ambos os conceitos e o resultado foi um restaurante onde pode comer de tudo. “Também temos carne mirandesa, outra grande paixão minha”, confessa Numa.
Uma das grandes estrelas é o risotto de cogumelos (12€). “As pessoas gostam muito”, realça. No entanto, “o prato mais wow” é a vazia mirandesa (28€), que vem com batatas fritas e molho caseiro de pimenta. O restaurante também tem um prato do dia (12€), lasanha veggie (13€) e posta mirandesa (18€), que traz os mesmos acompanhamentos que a vazia, mas o molho é trocado por maionese (também feita por eles). Caso procure algo mais leve, pode sempre pedir uma salada, como a César (12€), burrata e pesto (13€) ou niçoise de atum (13€).
Tal como o Mabiche, também o Madame Lisbonne tem uma forte carta de pizzas. Tem algumas propostas clássicas que nunca faltam em qualquer spot, como é o caso da Marguerita (10€). Já os grandes apreciadores de queijo podem pedir a Madame Claude (14€), com tomate, queijo de cabra, mozzarella, brie e orégãos. Por outro lado, os fãs de pepperoni devem optar pela Ginette. As opções são várias e, na verdade, há hipóteses para todos os gostos — e são artesanais.
Todos estes pratos podem ser degustados e partilhados num ambiente “elegante, mas descontraído”, sem grande pretensiosismo. A decoração em tons claros foi escolhida por Matthieu e por Victoria, a sua esposa. Na verdade, os quadros que lá encontramos foram pintados por ela. Têm também uma esplanada com cerca de 15 lugares. No total, conseguem receber, simultaneamente, 60 clientes — e pode trazer os animais, porque no Madame Lisbonne, tal como na capital portuguesa, todos são bem-vindos.
Carregue na galeria e conheça melhor aquele spot, bem como alguns dos pratos que poderá pedir.