Há cães que são recolhidos da rua ainda bebés, ou muito jovens, e que passam toda uma vida num abrigo – sendo lá também que morrem, sem nunca terem a oportunidade de saber o que é viver em família. Os voluntários das associações desdobram-se em cuidados e amor, mas ter um lar é uma vivência a que todos os patudos deveriam ter direito. É por isso que lutam as protetoras que os acolhem, na esperança de que um dia possam sair pela trela diretos a um futuro mais feliz.

É também essa a esperança da associação Amigos dos Animais de Campo Maior para os seus protegidos. E uma das mais novatas no abrigo está pronta para pular no colo de quem a queira adotar. Chama-se Mila e tem pouco mais de um ano.

E qual é a sua história? “A Mila apareceu na rua, em abril de 2022, e uma voluntária trouxe-a para o nosso abrigo. Era ainda cachorrita, pelo que apontamos para que tenha nascido em finais de 2021”, conta Mafalda Ensina, responsável da associação, à PiT. Por isso, Mila “é praticamente a bebé do abrigo, junto do Oliver” – outro patudo que está para adoção.

Mila parece ser cruzada de Pastor Alemão. E apesar de “ter pilhas Duracell”, pela energia que mostra, também é “muito meiga e carinhosa”, diz Mafalfa. “É a primeira a cumprimentar-nos quando chegamos ao abrigo para tratar deles”.

“Nunca conseguiremos perceber como é que uma cadelinha linda e querida como ela anda perdida na rua, sem que ninguém a reconheça, sem que ninguém a procure”, lamenta a responsável da associação de Campo Maior.

Mila adora crianças

E mesmo por nunca ter sido procurada, tudo aponta para que tenha sido abandonada. E agora passa os dias, por entre as brincadeiras e os sonhos, à espera de uma família. “A Mila está no abrigo há quase um ano. Ela procura o nosso colo e adora pessoas e crianças”.

Mila também se dá bem com os cães machos. O problema é com as fêmeas – “com elas é mais briguenta e chata”, explica Mafalda. Outro pormenor importante: não se dá com gatos.

A sua protetora não tem dúvidas: “é uma cadela para pessoas ativas, pois é muito jovem e precisa de uma família onde lhe possam dar exercício e ajudar a gastar a energia. Ela é muito esperta e de certeza que aprende depressa se uma família tiver tempo para lhe dedicar. Ela gosta muito de nos agradar”.

Por isso mesmo, considera a responsável da associação alentejana, “o melhor para ela será uma casa com acesso a um espaço exterior, onde possa correr em segurança e depois entrar em casa para dormir umas valentes sestas”.

Esta pequenota está esterilizada, tem microchip e vacinas e está desparasitada. E só está à espera de quem se apaixone por ela. “Só falta uma família para adotar a nossa bola saltitona”, diz Mafalda. Será que desse lado está a família que se vai apaixonar por ela e levá-la rumo a um futuro muito feliz.?

Para que mais pessoas a vejam, a Mila já está registada na PiTmatch, a nova plataforma da PiT de adoção responsável. Percorra a galeria para a conhecer melhor.