Quando Allyssa encontrou um cão sozinho na rua, sabia o que tinha de ser feito. A agente trabalha no centro de recolha animal do Condado de Maricopa, no estado norte-americano de Arizona, e está habituada a resgatar animais vadios. Assim que o viu, percebeu que o Bichon Frisé de pelagem branca “era tímido, estava triste e não abanava o rabo” e pensou que era por causa da idade — já contava com 15 anos. Mas estava errada.
No centro de recolha, analisou o seu microchip e descobriu que o patudo tinha família. Contudo, quando encontrou em contacto com os tutores, não esperava que a história de Minion já fosse antiga. “O meu telemóvel tocou e a minha mulher disse-me: ‘Recebi uma ligação do Centro de Recolha de Animais e eles disseram que estão com o nosso cão.’ Pensei que era uma brincadeira”, confessou o tutor Skip Crandall à radio KTAR News.
Minion havia desaparecido da casa da família em 2011, após um eletricista ter deixado a porta do jardim aberta. Na altura, o patudo fugiu com outro cão que voltou poucas horas depois. No entanto, não houve qualquer sinal de Minion. A família visitou todos os abrigos da cidade, colocou cartazes pelo bairro mas após um mês, perdeu as esperanças.
“Achávamos que as possibilidades de o ver novamente eram mínimas”, contou à FOX News. “Pensámos que o pior tivesse acontecido. Foi muito triste”, recorda. Quando Minion desapareceu, os filhos de Skip tinham oito, dez e 12 anos e não foi fácil aceitar a notícia de que o companheiro já não voltava. O pequenote tinha o hábito de dormir com Callie, a mais velha, e os dois tinham uma relação “muito especial”.
Com o tempo, porém, a família seguiu em frente e acabou por adotar dois outros cães. Até que, de repente, chegaram as notícias sobre o paradeiro de Minion. Raleigh Crandall, a mulher de Skip e tutora de Minion, começou a receber várias chamadas de um número desconhecido e sem conseguir atender, encaminhou a mensagem de voz deixada pelo número a Skip. Assim que a ouviu, não acreditou.
“Percebi que não era uma brincadeira porque ela tinha todos os dados da sua adoção inicial e outras informações que ninguém mais saberia”, partilhou Skip. “Por isso, retornámos a chamada e eles foram muito atenciosos”.
Ao canal norte-americano, quando Alyssa descobriu que o cão não era visto há mais de uma década, ficou em choque. “Nem pensei que isso fosse possível, passar todo este tempo e ele ainda estar aqui”, referiu. Quando conseguiu falar com Skip, disse que a família podia tê-lo de volta se quisesse, mas entendia que após 12 anos “muita coisa havia mudado” e iria entender se não o conseguisse acolher. Mas os Crandalls estavam ansiosos demais para recusar.
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A agente conduziu 33 quilómetros até a residência da família e quando lá chegou, foi novamente surpreendida. Desta vez, pelo próprio Minion que pela primeira vez desde que foi resgatado, comportou-se como um filhote. “Assim que abri a porta da transportadora, ele não parou de saltar e abanar o rabo. Ele sabia onde estava”, recordou. “Mesmo depois de todo esse tempo, ele entrou em casa e começou a correr de um lado para o outro”.
Minion encheu os tutores de lambidelas e até começou a brincar com os “manos” de quatro patas. “Foi maravilhoso”, afirmou Skip. Por causa da idade, o Bichon Frisé é mais lento e a agente acredita que é possível que seja parcialmente cego. Além disso, já perdeu alguns dentes. Ainda assim, não podia estar mais feliz de ter voltado a casa.
“Quando cheguei, ele viu-me e começou a saltar para cima e para baixo. Depois, aproximou-se e começou a rastejar pelas minhas pernas. Quando me abaixei, saltou para o colo e abraçou-me”, partilhou Callie, agora com 20 anos. “O reencontro foi mesmo muito fixe”.
Skip acrescentou que o companheiro vai provavelmente precisar de um companheiro veterinário mas para já, acredita que Minion ainda tenha “muitos anos pela frente”.
Carregue na galeria para ver o reencontro dos Crandalls com Minion.
