Olivia Myers pensou no crime perfeito. A miúda de sete anos agarrou num peluche de um cão Husky e foi até a uma casa da vizinhança, onde Amanda Sullivan vive com o companheiro Gunnar — um cão que,  curiosamente, é da mesma raça que boneco. Quando lá chegou, encontrou o patudo deitado no jardim e deu início ao plano infalível — o que não sabia é que estava a ser observada.

Amanda recebeu de imediato uma notificação no telemóvel e quando viu o que estava acontecer, decidiu apenas assistir. Olivia aproximou-se do cão de 11 anos e cuidadosamente tirou-lhe a coleira em que se lia “Mama’s boy” (menino da mamã), trocando-a por outra feita à mão onde escreveu “Menino da Olivia”. 

A miúda levantou-se e começou a chamar pelo gigante. No início, Gunnar não sabia o que fazer e olhou para trás várias vezes, como se estivesse à espera que a tutora aparecesse e lhe desse autorização. Mas quando não a teve, decidiu seguir a nova “dona”. Amanda esperou alguns minutos ante de ir até a casa de Olivia e “confrontá-la”. 

“Não sei se podemos chamar isto de ‘roubo’ quando a vítima vai de boa vontade”, disse, entre risos, ao programa norte-americano “Today”. Em casa, Olivia tem o próprio cão — um Bulldog Inglês chamado Lincoln — mas quanto mais, melhor. 

@corporalgunnar She stole my dog in broad day light!!! Can you believe that?! When your 7 year old neighbor just wants a play date with her dog bestie… she steals him and leaves behind a replacement. Shoutout to @Tactipup with the always awesome collars and the @Wyze cam OG for capturing this theft! 🤦‍♀️🤣 #stolendog #tiktok #dogs #funny #funnyvideos ♬ Sneak, suspicious, stupid, thief, sneak in(1108491) – Makotti

Amanda descreve Olivia como “atrevida” e “muito inteligente para a idade que tem”. A miúda tornou-se na melhor amiga de Gunnar, que quando era mais novo foi treinado para ser o cão de serviço de alerta cardíaco de Amanda. Contudo, reformou-se após sofrer um acidente vascular cerebral na medula espinhal. Agora, diz que o companheiro está 85 por cento recuperado, mas ainda tem convulsões ocasionais. 

Durante a recuperação, o gigante começou a ficar “deprimido” e para ajudar, a mamã humana criou uma nova rotina de passeios. Foi assim que descobriu a casa da família Myers, a três moradias de distância. Quando Olivia e Gunnar se viram pela primeira vez, foi “amor à primeira vista”. 

O vínculo que criaram é tão forte que o cão até conhece a rotina da sua mini humana. Quando começa a uivar, Amanda sabe que tem “cerca de 15 minutos” para levá-lo até à paragem do autocarro escolar da vizinha de sete anos. “Também coloquei uma campainha sem fios na cerca das traseiras para que ela pudesse ir até lá, tocar à campainha e avisar-nos de que está aqui”, explicou. “O Gunnar sabe a diferença entre a campainha dela e a normal da casa.”

Por vezes, o Husky até respeita mais a miúda do que a própria tutora. “Ele come coisas por ela que se recusa a comer por mim”, disse, ente gargalhadas. No passado, por exemplo, Amanda fartou-se de oferecer morangos ao cão, mas eram sempre rejeitados. Bastou Olivia oferecer-lhe um para ele comer com todo o gosto. “Já aceitei o facto de partilhamos a custódia dele.”

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