Chiquinho ficou famoso ao acaso. Durante uma transmissão em direto de um telejornal brasileiro, o felino passou atrás do jornalista que falava dos conflitos na favela da Rocinha. Ainda que o assunto fosse sério, só houve uma coisa em que os espectadores repararam: no gato motard.
Desde 2018 que Chiquinho tem conquistado vários fãs. Nas redes sociais, já conta com mais de 36 mil seguidores, que receberam a notícia da sua morte, no passado domingo, 21 de maio, com um grande pesar. “É muita dor. O Chiquinho partiu hoje, com um AVC”, começou por escrever uma publicação, na sua conta de Instagram. Tinha 19 anos e, mesmo que ainda tivesse muito para viver, não houve nada que os médicos conseguissem fazer: “Foi muito rápido e sem dor”.
Chiquinho apareceu por acaso na vida do seu tutor. Após o término de um relacionamento, a mulher de quem se separou deixou o felino em sua casa. E acabaram por se tornar nos melhores amigos improváveis. Para o ajudar a ultrapassar o desgosto, Alexandre Goulart gostava de passear pela cidade. E levava o gato consigo, na sua mota.
Durante anos, os dois andaram de capacete e de óculos escuros pela cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Até à tragédia da Covid-19 lhes tirar o melhor um do outro. O dono de Chiquinho partiu em 2021, vítima da doença que parou o mundo. Agora, os seguidores esperam que eles se reúnam lá em cima: “Que o teu pai Alexandre te receba com uma grande festa, aí no céu. Dois guerreiros que se voltam a unir”, continuou a publicação.
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Apesar de saberem que Chiquinho foi para um lugar melhor, a sua família, nomeadamente a sua mãe Shirley, com quem foi morar depois da morte do dono, não consegue conter o desgosto da sua partida: “Aqui fica muita saudade. Não há palavras. Apenas sentimos muita dor pela sua falta”.
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