Papel, o gato vadio salvo por Sophie e Illona, duas neerlandesas que vivem em Castelo Branco, morreu na noite de quinta-feira, 27 de fevereiro. O felino tinha sido resgatado em dezembro e lutava contra várias doenças e infeções, incluindo a peritonite infeciosa felina (PIF), uma doença causada pelo coronavírus felino (FCoV) que atinge sobretudo gatos mais jovens ou com o sistema imunitário debilitado e que é grandemente fatal.
“Com as injeções e os comprimidos recuperaste bastante, mas tiveste de lutar muito porque odiavas os comprimidos e as injecções cada vez mais”, escreveu o casal. “Na semana passada, descobrimos que tinhas três outros problemas graves, um dos quais só pode ser tratado com muitas injeções. Soubemos imediatamente que não te poderíamos fazer isso.”
Depois de falarem com o médico veterinário, Sophie e Illona tomaram a decisão de deixar de dar comprimidos ao gato, e deixá-lo aproveitar a vida. “Tivemos uma semana maravilhosa com muitos abraços, comida húmida muito saborosa, bolachas e pudeste dormir entre nós na cama”, recordou. “Infelizmente, tivemos de te deixar ir muito mais cedo do que esperávamos para ti e para nós. Descansa em paz, querido. Amamos-te.”
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O casal mudou-se para Portugal em 2023, juntamente com outros 41 animais (a maioria resgatados), depois de se ter apaixonado por um terreno em Castelo Branco. É através do projeto que criaram ainda nos Países Baixos, o Fair Life Ranch, que oferecem uma melhor vida aos animais que se cruzam no seu caminho em solo português. E o Papel foi um deles.
Após o resgate do gato, quando chegaram a casa, Sophie e Illona prepararam-lhe uma caixa e levaram-no até uma clínica veterinária, onde receberam comprimidos contra vermes, pulgas, entre outros.
Foi posteriormente revelado que, além da PIF, Papel tinha testado positivo para o vírus da imunodeficiência felina (FIV), uma doença popularmente conhecida como a SIDA dos gatos e contagiosa através do contacto sanguíneo. Por causa disso, Sophie e Illona evitaram o contacto direto do felino com os seus dois outros gatos, Bonnie e Clyde. Ainda assim, nada os impediu de receber o novo “mano” com muito carinho (pelo menos na linguagem felina).
“A Bonnie colocou um rato morto em frente à sua jaula como se lhe tivesse dado um presente de boas-vindas”, contou à PiT numa entrevista passada. “Os cães também são gentis com ele e sentem-se confortáveis em deixá-lo rastejar até aos seus cestos”, acrescentou na altura.
Papel esteve a aproveitar a vida ao lado da família durante dois meses antes de partir. Durante este tempo, recebeu todo o carinho de que precisava e fez várias sestas tranquilas ao sol.
Para apoiar o projeto que acolhe outros animais resgatados, entre cães, gatos, ovelhas, porcos, etc., pode enviar apoios monetários para o IBAN de Ilona Bos (PT50 0007 0000 0061 2653 9412 3). Pode saber mais sobre o projeto no site do Fair Life Ranch.
Leia também o artigo da PiT para conhecer a vida de Sophie e Illona em Portugal.
De seguida, carregue na galeria para saber mais sobre a vida de Papel desde o resgate.
