Família

O restaurante pet-friendly que traz a Lisboa os sabores autênticos de África

O Afrik junta cinco países, dois andares e uma carta que promete fazer viajar sem sair da capital.
A cachupa é estrela.

Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Cabo Verde juntam-se à mesa no Afrik, o novo restaurante lisboeta que abriu portas a 11 de fevereiro. “Aqui é possível viajar por quatro países africanos sem sair do lugar”, reafirma Carlos Figueiredo, o fundador de 60 anos.

Natural de Alvalade — nasceu a cerca de 500 metros do local onde agora está o restaurante —, Carlos passou uma década da sua vida em África, primeiro como jurista e depois como gestor. Durante esse período, apaixonou-se pela gastronomia local.

Os pratos que o conquistaram ao longo dos anos são agora os protagonistas da cozinha do Afrik, que não quer ser apenas um restaurante, mas também um palco para talentos emergentes, sejam portugueses ou africanos. “O ambiente lisboeta é cada vez mais multicultural e eu quero apresentar ao público aquilo que África nos dá.” O espaço está aberto a todos, incluindo músicos, pintores, escultores e produtores de artesanato, de forma gratuita.

A oportunidade de abrir o restaurante surgiu um pouco por acaso. Durante uma conversa com um amigo, Carlos soube que uma loja na movimentada rotunda de Entrecampos iria ficar vaga e que pretendiam criar criar ali um projeto multifacetado.

A nível gastronómico, o restaurante foca-se em cinco cozinhas: portuguesa, angolana, moçambicana, são-tomense e cabo-verdiana. A decoração, com apontamentos tropicais, transporta os clientes para o continente africano sem ser excessiva. O espaço divide-se em duas salas — uma no rés do chão e outra no primeiro piso — e tem capacidade para 54 pessoas. Além disso, os animais de pequeno porte também são bem-vindos.

O menu não é extenso, porque, para Carlos, “não faz sentido” encher a carta com dezenas de opções. “Temos as escolhas essenciais para que não seja monótona nem restritiva”, explica. Desde a abertura que um dos pratos mais populares é a cachupa (16€), feita com milho branco e amarelo, feijão, feijoca e várias carnes e enchidos.

Os pratos angolanos também têm sido um sucesso. Em apenas um mês, os clientes fidelizaram-se ao muzongué com banana-pão e batata-doce (22€), também conhecido como “anti-ressacas”. “É muito associado aos restaurantes que, em Angola, estão abertos pela madrugada fora.”

Outros destaques do menu incluem caril de gambas com arroz (25€), bife do lombo com batatas e ovo (28€), bacalhau à lagareiro (24€), mufete (18€), muamba de ginguba (18€), cabrito assado com xerém (26€) e calulú de peixe com funge (20€). Nos acompanhamentos, há opções como inhame, arroz, batata frita, batata assada e funge.

De seguida, carregue na galeria para ver algumas fotografias do novo espaço.

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