Quando pensamos no jogo do “apanha” com animais, o primeiro pensamento vai de imediato para os nossos amigos cães. Mas surgiu agora um estudo que deita por terra essa ideia. Os gatos também gostam – mas desde que sejam eles a impor as condições –, diz um grupo de investigadores de duas universidades britânicas
O estudo, publicado a 14 de dezembro na revista “Scientific Reports” por académicos das Universidades do Sussex e de Northumbria, incidiu sobre perto de mil tutores, que detinham 1.154 gatos, em todos os continentes exceto na Antártida. A ideia era descobrir se eles brincam ao “apanha” – ou seja, quando um animal vai buscar um objeto que é atirado. E a conclusão é que sim.
Alguns gatos conseguem brincar ao “apanha” e acabam por o fazer, dizem os investigadores. No entanto, depende sempre dos traços individuais de cada felino e da ligação que têm ao seu dono.
Segundo as conclusões divulgadas, 94 por cento dos donos de gatos disseram que os seus felinos iam a correr instintivamente atrás de objetos atirados – e sem qualquer treino nesse sentido. Este comportamento, no caso dos gatos que gostam do jogo do “apanha”, é normalmente visível logo desde jovens – por norma com menos de um ano de idade.
Gatos é que decidem quando brincam
Além disso, os gatos que o fazem determinam, em grande medida, quando é que entram nessas “sessões do apanha”, influenciando assim ativamente o comportamento brincalhão dos seus donos, refere o estudo. Ou seja, eles gostam de estar no controlo das coisas – algo que não constitui grande surpresa para o dono de um gato.
A motivação de um gato para ir buscar objetos parece ser diferente da que é apresentada pelos cães, apontam ainda os investigadores. E isto porque os gatos mostram mais propensão para brincarem com objetos que se assemelhem a presas (ratos, etc.), ao passo que, para os cães, a brincadeira é encarada como uma forma de socializarem – seja com outros cães ou pessoas.
Estimular o seu bichano a brincar consigo ajuda a aprofundar os laços entre ambos e também desenvolve o sentido de caça – algo que lhe agrada muito. Por isso, mesmo que o seu gato não costume “jogar ao apanha”, é boa ideia tentar envolvê-lo em qualquer tipo de brincadeira. “Isso traz muitos benefícios e tem tudo a ver com a recetividade do tutor perante o seu animal”, refere Jemma Forman, co-autora do estudo, citada pelo “The Washington Post”.
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