Família

Petsitting telepático. Rita ‘visita’ os patudos quando os donos estão fora

Através do projeto Eva Pets, Rita Nunes comunica com animais de qualquer espécie, deixando as suas famílias mais descansadas.
Comunicação com animais.

Rita Nunes é um nome familiar para quem recorre às terapias energéticas, com transposição para o reino animal. Através do seu projeto, Eva Pets, ajuda os animais em todos os contextos da sua vida – e mesmo depois da morte –, orientando também as suas famílias para uma harmonia plena entre todos. Entre os muitos serviços que presta está o petsitting telepático, em que visita telepaticamente os patudos quando os seus tutores estão fora – em viagem, por exemplo. E tem tido tão bons resultados que é cada vez mais procurada para estas consultas.

Rita não começou logo a trabalhar com animais – se bem que essa conexão existisse desde cedo. Licenciada em Terapia da Fala, com pós-graduação em Neuropsicologia, trabalhou 20 anos em contexto hospitalar com adultos e bebés, e dando também orientação às famílias. Há 30 anos sentiu necessidade de aprofundar os seus conhecimentos e entrar noutras áreas – e foi então que se iniciou no reiki e cristaloterapia. Desde então, procurou formações variadas, paralelamente à sua formação académica, não só na área holística mas também na de ensino positivo e comportamento animal, bem como nas terapias assistidas por animais.

A transposição, para o reino animal, de tudo aquilo que aprendeu foi um passo muito natural, já que desde cedo sentia uma ligação muito forte com eles. “Se tiver de apontar um trigger, ele existiu desde a minha infância, quando recebia telepaticamente pedidos de ajuda de animais sem saber que o era — e que só pude identificar como tal mais tarde”, conta à PiT.

“A nível profissional, o trigger terá sido quando descobri há 17 anos que havia profissionais de telepatia, maioritariamente norte-americanos e sul-africanos, a darem formação na área de telepatia animal”, explica Rita, que se apresenta como comunicadora telepática interespécies profissional.

Os métodos de Rita Nunes giram em torno das terapias energéticas e tem especialização em ética e fronteiras energéticas na telepatia profissional, trabalhando também alterações comportamentais, os animais séniores, animais desaparecidos, animais de trabalho e competição, bem como animais em instituições e para adoção — e todo o seu trabalho está patente no projeto que criou, a Eva Pets.

Rita é também uma doula da alma — ou seja, faz a preparação para a morte do animal e acompanhamento no luto da família. Além disso, é mestre de reiki e de reiki animal, valências que a levaram a ser a pioneira em Portugal na formação em reiki animal (três níveis) – e também já formou mestres nesta área no Brasil.

Petsitting telepático: um descanso para os tutores

Um dos serviços que Rita criou, por desenvolvimento do acompanhamento em tratamentos energéticos e a pedido de clientes de longa data, foi o de petsitting telepático. E em que consiste? “Quando os humanos vão de férias ou de fim de semana para fora sem o patudo, eu visito telepaticamente o patudo em casa ou no hotel, o que proporciona grande alívio e descanso aos humanos”, aponta Rita, que diz ter reunido “registos muito bonitos” de vídeos que alguns clientes fazem do patudo sozinho em casa e que “batem certo com o relato da visita telepática à distância”.

“Estas visitas telepáticas, ou petsitting telepático, surgiram já há quase 10 anos com alguns clientes a cujos patudos eu já tinha feito consulta telepática – e com clientes a cujos patudos faço semanalmente tratamentos energéticos à distância”, explica Rita. “Por exemplo, imaginem um patudo que está menos bem a nível de saúde. Está a ser acompanhado pelo veterinário, mas o cliente tem que ir trabalhar durante o dia e fica preocupado. Então eu faço-lhe uma visita telepática para ver se está tudo bem”.


Uma consulta telepática “tem todo um processo de preparação, com perguntas e respostas na conversa com o patudo”, explica Rita Nunes. “Eu ‘vou lá’, vejo como é que ele está, sinto se ele precisa de alguma coisa e até posso dar alguma informação que seja necessária”.

Os clientes de Rita começaram a ficar muito mais sossegados pelo facto de Rita ver como é que os seus animais se sentiam durante o dia, enquanto estavam sozinhos, ou em fins de semana em que os tutores tivessem de sair. No caso dos gatos que ficam em casa, a sua família fica assim mais descansada.

O petsitting telepático começou por ser um mimo que Rita oferecia aos clientes, mas, ao longo dos anos, estes foram pedindo que se tornasse um serviço como os outros, “porque perceberam o trabalho que dá fazer isto e porque também queriam programar as suas vidas com maior à vontade”, conta Rita. “Por exemplo, se fossem de férias, mesmo que deixassem os seus patudos em hotéis, super bem tratados, ou em casa com familiares, ficavam mais descansados se eu os visitasse telepaticamente, nomeadamente à noite, se estivessem sozinhos – no caso de terem os cuidados apenas durante o dia, quando alguém ia ser se estavam bem e deixar comida”.

Os “recados” transmitidos a Rita Nunes nas visitas

“Durante a noite, um animal pode sentir-se mais sozinho ou ter mais receios. E mesmo que estejam em hotel ou na casa de familiares, com cuidados maravilhosos, com a minha visita consigo perceber se eles têm frio, se preferem isto ou aquilo nestes dias mais atípicos. Depois eu passo essa informação e as pessoas que estão a cuidar dos patudos podem adaptar esse cuidado e os clientes ficarem ainda mais sossegados por saberem que os seus queridos companheiros patudos estão em paz e no seu melhor conforto”, sublinha Rita Nunes.

E foi assim que o serviço de petsitting telepático acabou por surgir de forma permanente. “Comecei a criar estas visitas – e em pacotes também, juntamente com tratamentos energéticos. E é muito engraçado, porque tenho clientes que têm uma câmara de filmar em casa para verem os seus queridos patudos durante o dia ou nas férias, e que depois me dizem que bate tudo certo. Por exemplo, há alturas em que eu vou visitar um patudo e digo ‘ele fez isto assim e assim’, e a pessoa vai ver aquele tempo na gravação e é tal e qual como eu descrevi. Portanto é uma validação engraçada. A maior parte destas pessoas já conhecem o meu trabalho, acreditam nele, e não precisam dessa validação, mas é um aconchego ainda maior ver o quanto isso bate certo e é verdadeiro”.

Rita tem muitos exemplos, como o de uma gatinha que lhe disse que estava a ser muito bem tratada, mas que tinha frio a certa altura da noite e que, em vez de ter uma certa manta, queria um outro tipo de aconchego e conforto. “Os tutores, ao fazerem isso, viram que ela, no vídeo da gravação da câmara em casa, dormiu muito melhor. Não estava tão agitada”.

Rita Nunes
A comunhão de sentimentos.

Houve um outro caso que Rita Nunes acompanhou, no verão passado, que a deixou muito feliz. “Era uma família que já há algum tempo não ia de férias, porque a última experiência que tinham tido, ao deixar o patudo num hotel, não tinha sido a melhor. O patudo fugiu do hotel. Partiu aquilo tudo e fugiu, tendo estado desaparecido durante vários dias. Isto tinha acontecido há dois ou três anos e esta família nunca mais tinha voltado a ter férias porque não queria perder o patudo”, conta. Mas tudo mudou depois de terem conhecido Rita e o seu trabalho.

“Eu tinha feito uma consulta telepática com o patudo e também estava a fazer tratamentos energéticos semanais. Os seus tutores programaram então umas férias, mas ainda receosos e ansiosos”. No entanto, tudo correu bem – e até foram férias mais prolongadas do que faziam antes. “O patudo ficou hospedado num hotel canino, onde adaptaram tudo aquilo que ele me tinha pedido e eu ia frequentemente – não era necessário fazê-lo todos os dias – visitá-lo telepaticamente. Conforme ele ia pedindo coisas, eu passava a informação aos clientes, que por sua vez a passavam aos donos do hotel – que não precisam de acreditar nestas coisas para poderem gerir estes confortos físicos, estas adaptações”, explica Rita.

Tudo correu pelo melhor. “Ele esteve sempre super tranquilo, nunca sequer tentou fugir”. E houve um episódio caricato, mas que revela bem esta comunicação. “Houve um dia em que, quando foram fazer a higiene da sua box, o colocaram noutra box enquanto a dele não ficava pronta. Na box dele estavam os objetos que eu orientei para terem – cromoterapia, cristaloterapia, para todos os complementos que ajudam energeticamente o patudo, de forma a estar descansado e bem – e na primeira vez que estiveram a fazer a higiene da sua box (o que era demorado, porque era lavada e depois tinha de ficar a secar por algumas horas) esqueceram-se de colocar essas coisas todas na nova box. Depois aperceberam-se que este estava agitado, e assim que puseram lá as coisas – uma manta de uma certa cor, um certo cristal, e outras coisas – ele ficou muito mais calmo. As pessoas até ficaram super admiradas e começaram a ficar interessadas em saber o que era a cristaloterapia e a cromoterapia, porque resultava”.

Mas não só. Mesmo nos momentos, durante o dia, em que o patudo andava à solta e em liberdade no espaço do hotel, teve “recados” a dar a Rita – e o convívio com outros cães foi completamente diferente, para melhor. “Ele ia-me dizendo ‘ah, gosto mais deste e daquele, tentem não me deixar estar com um mais pequeno, que é assim e assim… E então eu descrevia aquilo e tentava orientar também nesse sentido. É algo que realmente tem sido muito útil para todos os envolvidos. É uma maravilha, na minha opinião”, aponta.

A energia que Rita Nunes faz chegar aos outros

Rita trabalha várias outras áreas e uma que lhe diz muito é a da consulta de família mindfulness, que faz com patudos e também com humanos. “A consulta tem algo muito particular e, para mim, extra especial. E porquê? Porque nestas consultas, na verdade, o cliente não precisa de acreditar nestas coisas holísticas, não precisa de acreditar em telepatia. Então, de alguma forma, acaba por ser mais abrangente. E os resultados são incríveis, logo ali no momento, logo numa primeira consulta, porque a base é precisamente essa: é mindfulness, é meditação, mas de uma forma muito prática. As pessoas ficam admiradíssimas como é que conseguem fazer aquilo assim, porque é muito simples na prática, apesar de ser algo com efeitos muito complexos de cura de traumas profundos. Nem precisamos de falar nisso às pessoas que não acreditam, mas toda a gente fica muito tranquila e isso permite – no caso dos animais – que o patudo aprenda novos comportamentos sem ser com a base no trauma”, explica.

Rita Nunes não seleciona as espécies que ajuda. “Trabalho com qualquer ser vivo, desde que haja a garantia de que o humano responsável por ele honrará as suas necessidades expressas diretamente na consulta telepática ou as orientações de uso de complementos terapêuticos”.

“É um trabalho de equipa, eu não faço nada sozinha. Na situação da consulta telepática, sou meramente a tradutora para que essa família possa aprofundar laços afetivos e melhorar a qualidade de vida no geral de todos os envolvidos”, acrescenta. Com resultados sempre à vista, Rita não tem mãos a medir. E os animais e famílias que ajuda são a prova de que há cada vez mais quem confie nestes processos e procure os profissionais da área.

Percorra a galeria para conhecer melhor o trabalho da Eva Pets, pela mão de Rita Nunes.

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