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Pravda: no novo bar de Lisboa serve-se cerveja ucraniana chamada Putin Huylo

Na cervejaria pet-friendly, as bebidas e os snacks que as acompanham, como enchidos e queijos, vêm da Ucrânia.
Todos são bem-vindos (menos Putin).

Esqueça a Sagres, a Super Bock e a Heineken. Na Pravda, a nova cervejaria de Lisboa, apenas entram os rótulos ucranianos — e o mais popular é o Putin Huylo. Antes de ser uma cerveja, é uma mensagem política. Afinal, a tradução do nome para português é “Putin, vai para o caralho.”

A marca foi criada há cerca de dez anos em Lviv e, desde então, chegou a vários países da Europa. Em setembro de 2024, foi inaugurado o primeiro espaço em Portugal, em Marvila. A 1 de abril, o conceito chegou a Arroios.

O projeto, que também tem serviço de takeaway, foi trazido para o País por Yuri Zastavny, o fundador. A equipa no País conta com Cláudio Cruz, Carla Tavares, Anastasiia Kryzhanovska e Gabriela Menezes. Além de se dedicar à cervejaria, Cláudio, de 39 anos, tem uma empresa de consultoria que trabalha com bares. Foi “graças a este pequeno mundo” que conseguiu entrar em contacto com Yuri.

Após várias conversas, chegou à conclusão de que este era um conceito que fazia falta na capital portuguesa. “É uma marca que não existia em Portugal e que tem cervejas artesanais de alta qualidade. O projeto fazia sentido pela conjuntura atual da Ucrânia. O Yuri também gosta muito de Lisboa”, conta.

A casa pode ser descrita numa palavra: “minimalismo”. O espaço é reduzido, a decoração é simples e o grande foco está mesmo nas cervejas, cujos preços rondam os 3,50€. “Para reduzir os custos ao máximo e oferecer boa cerveja ao melhor preço, decidimos ter um espaço mais minimalista”, descreve.

No interior, encontra 22 lugares e todos são bem-vindos, incluindo os animais de estimação. O objetivo da cervejaria é ser uma segunda casa para os clientes — e quem vai lá regularmente pode ter descontos de 20 por cento, uma iniciativa que também abrange todos os ucranianos que por lá passem.

A ideia de abrir em Arroios partiu de Carla Tavares — uma das suas responsabilidades é encontrar novos locais. “O objetivo é continuar a abrir espaços que sejam simples, pequenos e acolhedores, mas em que o cliente se sinta na própria sala de estar.” No futuro, vão continuar a apostar nos bairros típicos de Lisboa — antes de chegarem ao resto do País — e não nas zonas turísticas da cidade. “Queremos que os vizinhos venham cá beber uma cerveja.”

O menu de bebidas é vasto, desde as clássicas aos sabores próprios. Desde o seu início, a Pravda já fabricou mais de 600 rótulos diferentes e muitas das garrafas foram distinguidas com prémios internacionais. “É uma oferta diferenciadora no mercado”, garante Cláudio.

O packaging político e com “imagens divertidas” também distingue a marca da concorrência, algo que está representado na Putin Huylo, que custa desde 4€. “Esta é a que se tem destacado mais entre os clientes. É visualmente apelativa e em termos de sabor é muito complexa porque é mais madura.” De garrafa a lata, as propostas estão disponíveis em vários formatos.

As bebidas podem ser acompanhadas por alguns petiscos embalados, cujos preços variam entre os 1,50€ e 2,50€. Cajus, amendoins e batatas fritas nunca desaparecem da carta. Por outro lado, há algumas opções rotativas, como os enchidos e os queijos — que muitas vezes vêm da Ucrânia. Custam entre 1,50€ e 2,50€.

Desde que abriu portas a 1 de abril, a cervejaria já conseguiu criar uma comunidade de clientes habituais, ou seja, um dos objetivos já foi alcançado. “Estar na Pravda é como estar em casa. Os vizinhos vêm cá e já sabem o que podem esperar”, realça Cláudio Cruz.

Carregue na galeria e conheça melhor o novo spot de Lisboa onde não falta cerveja.

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