Os miúdos e os animais são uma daquelas combinações a que é difícil resistir. É, muitas vezes, através dos cães e gatos da família que eles aprendem a respeitar e amar o reino animal, além de também ganharem um companheiro para a vida. Para Lopez, de 11 anos, não há nada mais valioso do que Pequeña, a sua Shih-tzu. E quando a patuda passou por “momentos difíceis”, fez de tudo para ajudá-la.
Lopez vive no Peru, ao lado da família, e devido à correria do dia a dia, juntamente com algumas dificuldades por que tem passado em casa, não tinha ninguém para cuidar de Pequeña enquanto estava na escola. Durante as aulas, a professora, Ali Bonilla Esteban, percebeu que o jovem andava distante e tinha alguma dificuldades de atenção. Mas foi só quando o próprio Lopez a abordou que soube o que realmente se passava.
Houve um dia em que o miúdo já não aguentou e resolveu fazer um “pedido sincero” à professora: trazer Pequeña consigo. Emocionada com a questão, Ali nem pensou em dizer não. “Ele perguntou-me, um pouco nervoso, se Pequeña poderia vir à escola com ele e eu concordei”, disse ao “The Dodo”. “Queria apoiá-lo para que ele pudesse se sentir confortável com a companheira”.
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Embora não seja habitual aceitar animais de companhia nas escolas, Ali soube de imediato que fez a escolha certa. O humor de Lopez mudou, “ficou mais feliz”, e o jovem já está a prestar mais atenção às aulas, sem ter de se preocupar com a patuda. Todos os dias, é ao colo do pequeno tutor que Pequeña fica, sem fazer um único barulho.
“Ela tornou-se num novo membro da nossa família”, frisou a professora. “Estamos todos muitos felizes com a sua presença”, disse, acrescentando que a cadela também conquistou os outros miúdos. No TikTok, Ali tem partilhado alguns vídeos da nova estudante de quatro patas e Pequeña é tão tranquila que quase não se mexe, aproveitando todos os momentos a aconchegar-se com Lopez.
A cadela, porém, não é a primeira no mundo a ser convidada para assistir as aulas. No cidade de Durango, no México, Nacho também trouxe alegria aos estudantes da Escola Secundária Técnica número 53. O patudo estava habituado a levar o seu humano ao edifício até que, certo dia, a professora resolveu convidá-lo para entrar.
“Hoje, tive um aluno muito especial. Chama-se Nacho, e veio acompanhar o seu dono”, escreveu Lux PH numa publicação no Instagram na altura. “Deixei-o entrar, para que não saísse e pudesse ser atropelado”.
Em Portugal, em Caminha, Viana do Castelo, também já há escolas a incluí-los na educação dos miúdos, em especial aqueles que apresentam necessidades especiais. O principal objetivo é “apoiar a promoção de um processo de ensino/aprendizagem inclusivo, que permita responder à diversidade de características e necessidades de todos os alunos, sem exceção, tendo em vista o sucesso educativo”.
De seguida, carregue na galeria para conhecer Pequeña e outros patudos que estão a ajudar os miúdos nas escolas.