Diana Popova sempre gostou de viver de forma espontânea. Por isso, quando o namorado, Sergei, a desafiou a deixar Moscovo, na Rússia, para viver em Portugal, a empresária de 26 anos apenas disse: “Porque não?”. Quando cá chegou, disseram-lhe que podia obter facilmente a residência se abrisse um negócio. E foi este segundo “Porque não?” que deu origem ao Tomorrow at 9 café, o novo brunch de Lisboa.
“O meu namorado já andava a pensar há imenso tempo em mudar-se para Portugal. Pensava nos amigos e nas oportunidades, e já sabia o que fazer. Eu é que não”, ri-se a jovem russa. Ao contrário do seu companheiro, Diana não sabia nada sobre o País. Foi o bom tempo e as boas ondas que a levaram a dizer que sim: “Amo surfar e sempre sonhei em viver perto do oceano. Já tinha surfado em Bali e pensei que Portugal era um bom sítio para morar”.
Se a espontaneidade fosse suficiente para Diana e Sergei se instalarem em Portugal, há muito que tinham uma vida de luxo. Mas a realidade não é bem assim: “Estávamos no processo de conseguir a residência e informámo-nos sobre como a podíamos obter”, explica à PiT. Entre a morada fiscal, comprovativo dos meios de subsistência e outros requisitos, deram a opção ao casal de abrir o seu próprio negócio.
“Pensei: ‘Porque não? Eu sei que consigo’. E conseguiu mesmo. A 4 de maio, Diana e o namorado abriram as portas ao Tomorrow at 9 café, na Rua Viriato, na freguesia de Avenidas Novas, em Lisboa. Ainda que a empresária sempre tivesse idealizado um “café pequeno e de esquina”, está muito feliz com o espaço que deu origem aos “melhores pequenos-almoços de Lisboa”
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Foi isso que o casal sempre tentou trazer aos seus clientes. Não fosse o pequeno-almoço simples (7,50€), com pão fermentado, ovos, abacate, queijo, marmelada e manteiga, as panquecas caseiras de matcha (8,50€), que levam creme de limão e morangos, e a sanduíche burn’n’roll de pêra e burrata (6,80€), com queijo philadelphia, rúcula, pesto hortelã-manjericão e óleo verde, o Tomorrow at 9 tem uma seleção de café de alta qualidade.
Além dos “cafés básicos”, nomeadamente os cappuccinos (3€), machiattos (2,50€), entre outros, têm ainda os cafés de assinatura, e só de ler as opções até fica com água na boca. Com grãos vindos do Quénia, Etiópia, Brasil, Equador e muitos outros países, o casal traz o latte miso caramel (5€), feito, como o nome indica, com caramelo de miso, o raf citrus (4,50€), que leva limão, e ainda o bumble (4,50€), que é servido com sumo de laranja.
Para os que gostam de café com cheirinho, há diversos cocktails disponíveis para acompanhar com o brunch. Nomeadamente o expresso martini (8€), o típico irish coffee (8,50€) e o coffee negroni (9€).
Não podem beber café, mas também são convidados a provar
Diana sempre quis ter um cão. “Durante a minha infância, pedi sempre aos meus pais, mas não podíamos ter, porque tínhamos plantas pequenas. Então, não era possível”, revela à PiT.
“Desta forma, decidi cedo que, quando tivesse uma casa, ia ter cães. Quando nos mudámos para Portugal, foi tão fácil juntar um à família, como foi abrir o café”. Diana sempre teve um especial fascínio pela raça Bull Terrier, então apaixonou-se imediatamente por Max, quando ele entrou pela porta da sua casa.
Um ano depois, arranjou-lhe uma companhia muito idêntica: Rudy. Eles acabaram por se tornar nos anfitriões do Tomorrow at 9, e é com uma grande simpatia que recebem os outros patudos que entram no espaço.
Para Diana, era fundamental que o café fosse dog friendly: “Infelizmente, ainda há poucos sítios a permitir animais. Mas, se podemos sair com eles de casa, por que não podemos levá-los aos restaurantes?”. Esta não é a pergunta que se impõe no seu espaço.
Quando os animais entram, são servidos com uma taça de água. Mas há quem se faça aos cafés dos donos, apesar de não haver para eles.
Se ainda não conhece o Tomorrow at 9, carregue na galeria para ver algumas fotografias do espaço e as delícias que tem para oferecer.
