Família

Storm ficou paraplégica mas não parou de tentar andar. E conseguiu

Um problema neurológico tirou-lhe a mobilidade. Com terapia intensiva, recuperou. Está disponível para adoção.
Um olho de cada cor.

Há animais que são símbolos de superação. Que viram as costas às suas próprias fraquezas até conseguirem erguer-se e mostrar ao mundo de que raça são feitos. Foi isso que aconteceu com Storm – literalmente. A jovem cadela, hoje com pouco mais de um ano, não teve um início de vida fácil. Acolhida em bebé do canil de Vila Nova de Gaia, teve muitos pretendentes, mas todos desapareceram quando ficou paraplégica. No entanto, a sua protetora não desistiu e ela também não. Hoje voltou a andar e, embora desengonçada, toda ela é alegria. Só lhe falta uma família que não veja na sua deformação motivos para não ser amada.

Há cerca de um ano e pouco deu entrada no canil de Gaia uma ninhada de cães. Eram muito pequenos e não podiam ficar lá, pois morreriam durante a noite. Mas era impossível uma só pessoa alimentar todos, dia e noite, por isso pediram-me ajuda”, explica à PiT a protetora Susana Oliveira, de Vila Nova de Gaia. “Ajudei duas das manas. Com uma correu tudo bem, mas com a outra – Storm – não”.

O seu problema de saúde não surgiu de imediato, mas, assim que se tornou evidente, os candidatos a darem-lhe um lar desapareceram. “Esteve para adoção em bebé e teve dezenas de pretendentes, mas uma condição neurológica que lhe afetou as patinhas fez com que ela ficasse paraplégica com apenas dois meses de vida e todas as possíveis adoções caíram por terra”, lamenta Susana, de 35 anos.

Storm
Coragem e resiliência.

Storm é um exemplo de superação

Apesar da situação delicada de Storm, a sua protetora – que vive na freguesia gaiense de Arcozelo, já muito perto de Espinho – não desistiu dela. “Foram meses de terapia intensiva, mas ao fim de quatro meses a Storm mostrou-nos toda a sua força, coragem e superação. Conseguiu transformar a dor em amor e voltou a andar. E agora procura uma família para receber tudo o que ela tem para dar”, sublinha

Susana não esconde nada, na esperança de que surja uma família que não se fique pelas aparências. “Tem as patinhas de trás deformadas, não conseguindo dobrar as articulações, mas isso em nada interfere com a vida dela. É uma cadelinha super brincalhona, ativa, meiga, atrevida, simpática, mimalha e super boa onda. Adora passear, mimos e companhia. Dá-se bem com outros cães e também com gatos”, explica.

Em relação às patinhas de Storm, “o ideal seria fazer umas sessões de fisioterapia esporadicamente, apenas para manter a função e para que ela não ‘desaprenda’ a caminhar corretamente”, sugere, frisando que “esta miúda é uma lição de vida”. “Quando vai na rua é várias vezes abordada com a palavra ‘coitadinha’ – ao que ela ‘responde’ com um enorme abanar de cintura, toda segura dela própria, exibindo toda a sua beleza e alegria”.

Susana Oliveira não tem dúvidas: “É uma adoção super especial, mas que trará uma felicidade enorme a quem tiver a sorte de a ter na sua vida”. Quem será que vai ver na Storm a beleza da felicidade que irradia? Com os seus olhos de duas cores, está pronta a amar sem reservas – só precisa que lhe seja dada essa oportunidade. Percorra a galeria para a conhecer melhor e, se quiser visitá-la com vista a uma adoção, contacte a sua protetora (917 452 130). Não irá arrepender-se.

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