A 350 metros de altitude sobre o vale de Peso da Régua, no Douro, a vista da Quinta do Casaldronho Wine Hotel é de cortar a respiração a qualquer um. A região vinhateira desta zona do concelho de Lamego está coberta de paisagens incríveis compostas por vinhas entrelaçadas com árvores de fruto – algo que nunca vai esquecer.
“Isto é uma casa de família e nos anos 80 houve um incêndio que destruiu grande parte. O meu avô recuperou a parte de cima e eu sempre tive a ideia de reconstruir o resto”, explica à PiT Vítor Marins, proprietário da Quinta do Casaldronho. “Em 2008 decidi levar o projeto par a frente e em 2010 consegui concretizá-lo”, conclui.
Nesta zona de Lamego, a cultura da caça está bem enraizada e apenas nos últimos anos se tem ganhado consciência do cuidado que os animais utilizados nessa atividade requerem. “Sempre houve caçadores que perdiam os cães ou que os abandonavam quando se magoavam e lembro-me que era habitual acolhermos os que por aqui apareciam”, conta o proprietário, explicando como se tornaram pet friendly. “Tornou-se uma coisa mais cultural do que parte do negócio. Gostamos muito de animais e adoramos recebê-los”, acrescenta.
Os patudos não pagam mais pela estadia e há tigelas disponíveis, tanto para a água como para a ração, basta pedir.
A Quinta do Casaldronho Wine Hotel é composta por 18 quartos duplos com casa de banho privativa, dois deles adaptados para hóspedes com deficiência motora, e duas suítes. Todos eles são modernos e privilegiam a vista para os montes e paisagens do Douro.
A estadia está disponível por valores a partir de 132€.
A decoração do alojamento é minimalista, mas moderna e não esquece as origens da Quinta, tendo elementos que o transportam para a produção vinícola e para a vida no campo na zona de Lamego, como é o caso da cortiça.
O restaurante Egas Moniz, referência ao antigo proprietário da Quinta, procura mostrar-lhe os melhores ingredientes da região, tanto em cada garfada como em todos os goles.
“A nossa comida é tradicional e tentamos utilizar os nossos ingredientes e os da região também. Mas tem uma certa elaboração, o que a torna mais moderna. Eu sou fã da cozinha tradicional, mas o conceito sempre foi uma adaptação mais moderna desse tipo de gastronomia. O facto de estarmos focados no mercado exterior também contribuiu para seguirmos este caminho”, explica Vítor.
Os animais podem ir ao restaurante consigo, desde que sejam bem-comportados e não perturbem os outros hóspedes. “Inicialmente estas questões eram colocadas com mais timidez, mas sempre deixei. E apesar de haver pessoas que não se sentiam muito confortáveis a partilhar o espaço com eles, têm vindo a ser cada vez menos”.
O bar VistaDouro dedica-se a levá-lo pela história do vinho nesta região. A propriedade tem um espaço de 24 hectares, 15 dos quais dedicados a vinha, e produz 100 pipas de vinho do Porto por ano.
A gastronomia nesta zona do Douro tem vindo a evoluir muito ao longo dos anos. “Começámos a ter mais restaurantes bons com chefes de fora que criam pratos mais elaborados e diferentes dos que aqui tínhamos”, conta o proprietário.
Tantas paisagens bonitas merecem ser exploradas mais de perto, portanto há várias atividades à sua disposição pensadas para isso mesmo. Passeios de veleiro, mota de água, bicicleta, ou jipe, trilhos para explorar a pé com o seu patudo, entre muitas outras coisas. Para além disso, a Quinta do Casaldronho possui um serviço de buggy que realiza percursos até Amarante sempre pelo campo, no qual pode conhecer as melhores histórias sobre os lugares por onde passa. “Procuramos atender a todas as vontades. Há pessoas que gostam de coisas mais radicais e outras que preferem atividades mais relaxante e calmas, por isso temos um grande leque de opções”, diz Vítor.
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