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70% dos tutores não reconhece a leishmaniose como uma ameaça para os seus cães

Estudo na Península Ibérica alerta para a necessidade de educar sobre esta doença. As conclusões são preocupantes.
Proteja toda a família.

Perda de peso, lesões cutâneas, anemia e insuficiência renal são os principais sintomas de leishmaniose. Esta doença infecciosa, que é causada por um parasita e transmitida pela picada de um pequeno inseto voador, semelhante a um mosquito, chamado flebótomo, pode mesmo levar à morte dos animais. Apesar de afetar diretamente os cães, pode também ser transmitida aos humanos. Isso aumenta ainda mais a importância da prevenção e conhecimento sobre estes sintomas por parte de todos aqueles que têm um cão em casa.

Esta é uma realidade preocupante, mas os dados mostram que os tutores de cães continuam pouquíssimo informados sobre a doença. Cerca de 70 por cento não identifica espontaneamente a leishmaniose como uma doença infecciosa grave, segundo o estudo realizado em Portugal e em Espanha pela LETI Pharma.

Os dados, revelados no final de 2024, mostram que a perceção de risco permanece baixa, com números semelhantes aos observados em 2022. Isto demonstra que não houve um crescimento na consciencialização dos donos de cães ao longo de dois anos. Estes números são ainda suportados pelo facto de 43 por cento dos tutores afirmarem que não receberam qualquer orientação de um veterinário para prevenir a doença.

A falta de contacto com casos próximos da doença é outro fator que leva ao distanciamento do problema. Pior: alimenta a ideia de que a leishmaniose não existe em meios urbanos. Nada poderia ser mais falso. No caso de Portugal, a Grande Lisboa e o Algarve surgem como regiões com prevalência da doença. Além disso, o aumento das temperaturas e da população canina urbana são fatores que estão a contribuir para o aumento do risco de transmissão.

“É preciso transformar o conhecimento em ação. Quando os tutores compreendem o risco para os seus animais — e para si próprios — a prevenção, com a vacinação e antiparasitários externos com ação repelente, deixa de ser opcional para se tornar essencial. Com as medidas preventivas, não estamos apenas a proteger os animais, mas também a nós próprios e a todos os que nos rodeiam”, refere a LETI Pharma.

Quanto maior a perceção do risco para os humanos, também é maior a propensão à prevenção da leishmaniose, através da vacinação ou com a aplicação de antiparasitários externos com ação repelente contra flebótomos. 

A vacinação reduz o risco de desenvolver a leishmaniose e pode começar a ser dada a partir dos seis meses de vida do cão. Apesar de não estar contemplada na lista de vacinação obrigatória, é especialmente importante “para os cães mais jovens, devido ao seu sistema imunitário imaturo, mas também nos cães de idade mais avançada, que com um sistema imunitário já debilitado são mais vulneráveis”.

Também é importante aplicar coleiras e/ou pipetas com ação repelente durante todo o período de atividade dos flebótomos, de forma a evitar as picadas. Os tutores devem assim consultar um médico veterinário de qualquer Centro de Atendimento Médico-Veterinário (CAMV) para estabelecer o plano de prevenção mais adequado ao seu cão.

Este artigo foi escrito em parceria com a LETI Pharma.

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