Saúde

Novo estudo prova que aquecimento global pode aumentar a agressividade dos cães

As temperaturas mais altas aumentam o ritmo cardíaco, a pressão sanguínea, a dificuldade em respirar e os níveis de stress.

A destruição de habitats não é o único impacto negativo do aquecimento global para os animais. Este também pode resultar numa alteração do seu comportamento, podendo tornar-se mais agressivo. O mesmo já se tinha provado com humanos, ratos e até macacos. Desta vez, foram os cães os visados do novo estudo.

De acordo com a investigação realizada pela Harvard Medical School, publicada na passada quinta-feira, 15 de junho, a probabilidade de haver ataques de cães aumenta 11 por cento, nos dias em que a radiação ultra-violeta (UV) é mais alta: “Os cães, ou a interação entre eles e os humanos, ficam mais hostis durante os dias quentes, com sol e em que o smog é mais elevado”, concluíram os autores.

O estado analisou uma amostra de 69.525 mordidas de cão, que decorreram em oito cidades diferentes nos Estados Unidos da América, entre os anos 2009 e 2018, havendo uma média de três ataques por dia. Desta forma, descobriram que, além da influência da radiação UV, também a temperatura quente fazia crescer as probabilidades para quatro por cento e o aumento dos níveis de ozono para três por cento.

Contrariamente, provou-se que a probabilidade de os cães mostrarem um comportamento agressivo diminuía um por cento em dias de chuva e nas férias. O estudo não analisou outros fatores, como a raça, o sexo e se o animal estava castrado ou esterilizado.

Isto pode ser explicado pelo facto de as temperaturas mais altas aumentarem o ritmo cardíaco, a pressão sanguínea, a dificuldade em respirar e, consequentemente, os níveis de stress. As ondas de calor também podem causar o aumento da produção de testosterona, aumentando os níveis de agressividade.

Tal já foi provado em humanos. Segundo o “Euronews“, um estado norte-americano, que analisou o comportamento humano durante 45 anos, provou que a violência aumentava nas estações do ano mais quentes. As pessoas estavam mais propensas a demitirem-se dos empregos e até mesmo os jornalistas a usarem linguagem negativa durante as suas reportagens no terreno.

Além de fazer estudos comportamentais, a universidade de Harvard também tem uma escola de treino para cães. Carregue na galeria para ver algumas fotografias.

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