Ter um cão é bom em todos os sentidos. Não é à toa que se diz que estes companheiros são o melhor amigo do homem. Agora, um novo estudo veio comprovar mais um efeito positivo que os patudos têm, especialmente na vida das crianças: ajudam a combater a obesidade infantil. E nas miúdas esse efeito é ainda mais evidente.
A influência positiva que um cão tem na atividade física das crianças começa logo a sentir-se nos seus primeiros anos de vida e difere entre géneros, sublinha o estudo australiano, realizado pelo Telethon Kids Institute e pela University of Western Australia.
Segundo os investigadores, este estudo – publicado a 30 de janeiro na revista científica “International Journal of Behavioural Nutrition and Physical Activity” – é o primeiro a demonstrar a relação entre os cães e certos tipos de atividade física das crianças durante um prolongado período de tempo.
Ter um cão, refere o estudo, está associado ao nível de atividade física das crianças da família, com um impacto mais visível no sexo feminino. De facto, a conclusão é de que ter um amigo de quatro patas pode levar as miúdas a terem mais uma hora diária de atividade física.
Crianças mexe-se mais com um cão na família
Assim, ter um cão pode ajudar a promover um comportamento saudável nas crianças em matéria de movimentação. “Ao longo do período do nosso estudo, observámos um significativo aumento da atividade física diária das crianças cujas famílias optam por ter um cão”, sublinha Emma Adams, principal autora do estudo, citada pelo “The Independent”. Da mesma forma, “nas famílias que passaram pela morte de um cão registou-se uma forte diminuição da atividade física (em cerca de 62 minutos por dia)”.
A equipa de investigadores acompanhou 600 crianças com idades compreendidas entre os dois e os sete anos, durante um período de três anos, e conseguiu assim observar o impacto de um cão nos níveis de atividade dos miúdos – como levá-lo a passear ou brincar com ele no jardim.
“Os resultados foram particularmente evidentes nas meninas, já que o seu nível de atividade aumentou quase uma hora por dia (52 minutos)” com a entrada de um patudo na família, refere Emma Adams.
Metade das crianças que participaram na investigação não teve um cão durante todo o período do estudo, ao passo que 204 tiveram um patudo ao longo dos três anos da experiência. Já 58 delas viram entrar um cão na família a determinada altura do período do estudo e 31 perderam o seu amigo de quatro patas no decurso da experiência.
Percorra a galeria para ver algumas fotos que tão bem retratam a boa interação entre miúdos e patudos.