Todos nós gostamos de mimar os nossos pets e, por vezes, é difícil resistir a dar-lhes um petisco ou guloseima, especialmente quando o cão faz aquele olhar como só ele sabe ou quando o gato faz aquele miado carente que deixa qualquer cat person rendida. Mas cuidado. Há alimentos que eles não podem mesmo comer. Nesta Páscoa, preste atenção, particularmente se houver crianças em casa, aos chocolates que podem ficar esquecidos em qualquer canto, ao alcance do seu pet. São altamente tóxicos. E tal como o chocolate, há outros alimentos nos quais eles não devem tocar, sob pena de poderem ser-lhes fatais.
Para que tenha uma Páscoa em segurança para todos, incluindo os patudos, a médica veterinária Cláudia Domingues, da ZU, deixa alguns conselhos. “Prevenir é sempre melhor do que remediar e, desta forma, pode garantir um convívio pascal saudável e sem sustos relacionados com os amigos de quatro patas”, sublinha a veterinária da marca pet da Sonae.
“Lembre-se que por muito que seja tentador e difícil resistir aos seus olhares pedinchões e amorosos, há alimentos proibidos”, aconselha Cláudia Domingues. E quais são eles?
Chocolate
Quem nunca recebeu chocolates na Páscoa? Nesta altura do ano é preciso ter especial atenção para que não tenham acesso a chocolate, visto que é extremamente tóxico para eles. A ingestão acidental de chocolate pode afetar o sistema cardíaco, nervoso e respiratório dos animais, provocando vómito, diarreia, agitação e tremores musculares. Em cenários mais extremos, pode levar a arritmias cardíacas, convulsões, danos renais e até à morte.
Cozinhados com alho e cebola
Componentes que são muito bem tolerados pelo corpo humano e que fazem parte de todas as nossas refeições, podem não ser aconselhados para pets. É o caso da cebola e do alho, tão típicos dos nossos refugados. Ambos podem levar a sintomas gastrointestinais severos (vómitos e diarreia) e causar anemias.
Uvas (incluindo as passas)
A uva contém uma substância tóxica que, ao ser ingerida, pode provocar insuficiência renal. Após ingestão aparecem vários sintomas como diarreia, vómito, letargia e as tais alterações renais. As passas, por serem uvas desidratadas, causam sintomas ainda mais rapidamente, por concentrarem mais estas toxinas.
Nozes macadâmia
Em geral, frutas secas não são os alimentos mais aconselháveis para animais. Elas têm um alto teor de fósforo e geralmente também contêm altos níveis de gorduras. As nozes macadâmia, que são muito comuns em bolachas e doces, podem provocar vómitos, fraqueza, incoordenação e hipertermia em cães.
Ossos e espinhas
É muito frequente darem-se ossos a cães para roer, apesar de ser uma prática desaconselhada, mas é preciso ter muita atenção ao tipo de ossos que se dá. Além de poderem danificar os dentes, podendo inclusivamente parti-los, podem causar obstruções nos pós-boca ou intestinais, ou até mesmo levar à perfuração intestinal, se forem ossos que partam em lascas (como o frango, por exemplo). Perigos semelhantes poderão ocorrer aos gatos em situações de ingestão de espinhas.
Restos de comida
“Muitas vezes a nossa alimentação está demasiado salgada e/ou condimentada e pode não ser bem tolerada pelos nossos animais, por não estarem habituados, e levar a vómitos e diarreias”, alerta ainda a veterinária Cláudia Domingues.
Percorra a galeria para saber mais sobre os alimentos tóxicos para os seus patudos e que nunca lhes devem ser dados a comer. Seja ou não Páscoa.