Com pelos ondulados e compridos, o Golden Retriever é uma raça canina que está no topo das preferências de muitas famílias em todo o mundo. Inteligente, dedicado e enérgico, gosta muito de pessoas e adora água, à semelhança do Labrador. Com origem na Grã-Bretanha, é um animal ativo, entusiástico e dedicado à família. É um árduo trabalhador na caça e também no trabalho de campo, como cão-guia para invisuais e em missões de busca e salvamento. E ainda se dá bem com outros animais das famílias. Não é, pois, de estranhar que seja uma raça com muitos fãs – pelo que os problemas de saúde que mais atingem o Golden têm estado sob forte escrutínio.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o Golden é uma das raças mais populares. Mas os trabalhos científicos existentes apontam para que estes cães tenham uma probabilidade de 65 por cento de poder vir a morrer de cancro – e embora qualquer raça possa vir a ter problemas oncológicos, neste caso a percentagem é bastante elevada – e, por isso mesmo, têm sido alvo de investigação mais aprofundada.
Um estudo publicado a 19 de outubro na revista científica “GeroScience” por uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia – Davis, que tentou perceber se determinados fatores genéticos podem ajudar a melhorar a taxa de sobrevivência dos Golden, apresentou conclusões surpreendentes.
Golden Retriever estudado a fundo
Os investigadores, em vez de procurarem genes associados a um diagnóstico de cancro na raça, preferiram procurar genes associados a uma vida mais longa. E descobriram variantes num gene chamado ErbB4 – também conhecido como HER4 – que revelaram estar associadas a uma maior ou menor esperança de vida em caso de doença oncológica, explica o “The Washington Post”.
Robert Rebhun, coautor do estudo, refere – citado no comunicado da universidade – que o gene parecer ter uma “variante boa” e uma “variante má” – e que fazem toda a diferença. A variante boa ajuda a uma sobrevivência mais longa.
O estudo contou com a participação de 300 Golden Retriever e os investigadores compararam o ADN de amostras de sangue dos cães que estavam vivos aos 14 anos com os que tinham morrido antes dos 12 anos. A conclusão a que chegaram foi que os patudos que possuíam a tal variante boa do gene sobreviviam mais tempo ao cancro.
Os cientistas também identificaram diferenças entre cães e cadelas, tendo sido apontada a possibilidade de as hormonas das fêmeas, como o estrogénio, poderem estar associadas ao aparecimento das doenças oncológicas.
Além deste estudo, outros têm surgido, especialmente por parte da Morris Animal Foundation, uma instituição de proteção da saúde animal sediada em Denver (no estado norte-americano do Colorado) que estuda os Golden Retriever desde 2012. Recentemente, identificou os quatro cancros mais comuns nestes patudos: hemangiossarcoma, linfoma, mastocitoma de alto grau e osteossarcoma.
Percorra a galeria e saiba mais sobre esta raça que tem fãs em todo o mundo.