Saúde

“Não a deixem morrer”. Nina tem uma doença autoimune e precisa de células estaminais

Projeto Duques e Duquesas de 4 Patas implora por ajuda para que cadela possa fazer os tratamentos que a podem salvar.
À espera de saúde.

Há animais que parecem ter tudo para que a sua história não termine bem. Abandonados, a sobreviverem sozinhos nas ruas, vão resistindo à dureza dos dias sem saberem se vão comer, se vão ser afagados ou pontapeados. Era esse o caso de Nina, uma bonita cadela de porte grande que vivia na rua, na zona de Santarém, sendo constantemente escorraçada por quem não a queria por lá. Há três anos saiu-lhe a sorte grande: cientes dos riscos que a patuda corria, os voluntários do projeto de defesa animal Duques e Duquesas de 4 Patas acolheram-na, bem como a um companheiro que por ali vagueava nas mesmas condições. Ambos aprenderam a confiar e tornaram-se cães felizes junto dos seus protetores. Mas agora Nina está muito doente e só com a ajuda de todos pode ser salva.

“A Nina era uma cadela de um pastor de ovelhas que faleceu e deixaram-na no local, ao abandono. Viveu na rua alguns anos e era alimentada apenas por um morador que teve pena dela. Quando soubemos da situação, estava farta de parir ninhadas atrás de ninhadas no mato, sendo que nunca encontravam os bebés. Muitos moradores da aldeia não gostavam da Nina e queriam livrar-se dela, como fizeram supostamente com uma irmã”, conta à PiT uma das voluntárias deste projeto da causa animal que atua na zona de Santarém.

Muita gente tinha medo deles, conta a mesma protetora. Isto porque “são cães grandes, de 45kg, que estavam ao pé de uma estrada de areia e faziam guarda ao território. Ladravam imenso a quem passava a pé, de bicicleta ou de mota e assustavam as pessoas. Por isso, também ninguém os queria ali”. “Tivemos que estudar as rotinas deles, durante vários meses, e fizemos várias tentativas de os apanhar – mas sem sucesso. Quando finalmente conseguimos, foi um alívio”, sublinha.

A doença autoimune de Nina

Depois, foi conquistá-los com o tempo. “Estão connosco há três anos, perfeitamente domesticados e ensinados já a andar de trela e de carro. Hoje confiam em nós cegamente e em mais ninguém. Acabaram por ficar em acolhimento definitivo connosco. Têm 11 anos de idade e andam sempre juntos. Tornaram-se extremamente gratos a nós e reconhecidos, é qualquer coisa que não tem explicação. São muito expressivos e vocalizam imenso quando estão felizes ou quando chegamos. São mesmo muito engraçados”, diz a mesma voluntária com um sorriso.

Nina
Nina tem passado por muito.

Tudo corria bem até Nina adoecer. Os protetores do Duques e Duquesas de 4 Patas procuraram vários especialistas, mas sem grandes resultados. “Fomos a vários locais procurar por tratamentos, sendo que na sua maioria os profissionais nos disseram que não é possível tratar este tipo de doença que volta sempre e tem fraca resposta à medicação. É uma doença autoimune que lhe inflama o nariz e os pulmões e lhe provoca muita secreção e dificuldade em respirar”, explicam os seus cuidadores numa publicação feita no início do mês na sua página de Facebook.

Ainda assim, não desistiram e continuaram à procura de tratamento. E agora encontraram. Tem tudo para correr bem, mas há um senão: é muito caro para as posses destes voluntários. “Nesta procura incessante por um tratamento com resultados, encontrámos na medicina regenerativa/integrativa a proposta de administração de células estaminais com efeito anti-inflamatório com ótimos resultados em doenças autoimunes, sem contraindicações e praticamente sem riscos. O único problema é o preço… Estamos a falar de 1.000€ por cada administração de células, sendo que no mínimo terá que fazer duas. Além disso, existe um protocolo de tratamento que acresce mais euros, com medicação incluída e ozonoterapia e suplementos. E agora digam-nos: desistimos da Nina por falta de dinheiro para isto tudo?”, questionam-se.

Desistir da Nina? Nunca

Parece justo ela continuar doente até não aguentar mais e falecer por causa de dinheiro? A nós não… Quando assumimos um animal sénior, e nas condições de comportamento em que a Nina veio (completamente assustada e sem permitir contacto humano), é para a vida, é para o bom e para o mau, é para o que for preciso. É para lhe dar aquilo que nunca teve e também todos os cuidados necessários veterinários. Sabemos que a vida não está fácil para quase ninguém. A resposta aos nossos apelos para angariar dinheiro para tratamentos é normalmente pouco respondida e andamos sempre encrencados (e isso é mal geral nas associações, bem sabemos). Mas e agora fazemos o quê? Desistimos da Nina ou haverá pessoas que a vão ajudar no tratamento?”, perguntam os protetores.

À PiT, a sua cuidadora reitera toda esta aflição. “A Nina tem feito vários tratamentos desde que isto começou. Passaram seis meses, com pouca resposta a tudo, e temos segurado o barco financeiramente, com muita dificuldade, com muitos apelos, venda de rifas… Mas este novo tratamento é mesmo muito urgente e, segundo a veterinária, teve muito boa resposta em animais com a mesma doença. Segundo o que nos foi dito, não tem riscos ou efeitos secundários”.

“Por favor, ajudem-nos”

“Ela merece muito recuperar a saúde e tem sofrido um bom bocado nestes meses… já quase não aguenta tanta medicação. É urgente que façamos o tratamento, mas é muito dispendioso e estamos sem dinheiro. Temos a perfeita noção de que, se não nos ajudarem, não conseguimos – e que isso pode custar a vida da Nina”, sublinha a mesma responsável, com um tom de voz entre a esperança e a preocupação. “Esperamos mesmo que nos ajudem a salvar a Nina e consigamos fazer o tratamento. Por favor, ajudem-nos”, apela.

Se puder dar esta ajuda à Nina, pode fazê-lo por MBWay (918 022 216 ou 934 476 617) ou através do PayPal (duqueseduquesasde4patas@nullgmail.com). Se preferir ajudar por transferência bancária, basta pedir os dados por mensagem. A Nina merece voltar a respirar sem dificuldade e viver mais uns bons anos rodeada de amor. Percorra a galeria para a conhecer melhor.

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