O último dia do ano é sinónimo de convívio e celebração. Os amigos e familiares juntam-se para recordar as experiências vividas ao longo dos últimos 12 meses e para preparar os novos 365 dias que aí vêm. Mas embora o momento seja especial para os humanos, pode ser um verdadeiro pesadelo para os animais. No entanto, há formas de o contornar.
A PiT esteve à conversa com a médica veterinária Ana Margarida Ribeiro, 40 anos, especialista em reabilitação e acupuntura, que alerta para os principais problemas enfrentados pelos patudos nesta altura, especialmente devido aos fogos de artifício. Ajudá-los é mais simples do que parece e basta seguir passo a passo para evitar tragédias como a fuga ou até mesmo a morte, em casos mais graves.
“Há muitas pessoas que têm jardins e os cães costumam estar lá fora ou no canil. E não é seguro porque normalmente assustam-se e podem tentar fugir”, começa por explicar à PiT a veterinária. “Ao tentarem fugir podem magoar-se. Normalmente ficam feridos porque tentam saltar vedações e às vezes conseguem mesmo escapar. Nos dias 1 e 2 de janeiro, vemos sempre vários anúncios no Facebook e no Instagram à procura de animais desaparecidos. Todos os anos é a mesma coisa e basta mantê-los dentro de casa, num local seguro.”
Os cuidados devem começar logo durante a manhã do dia 31 de dezembro. É aconselhado que os tutores reservem algumas horas para brincar com os animais, de forma a deixá-los mais cansados e tranquilos para passarem a noite.
Em casos mais sensíveis, Ana Margarida Ribeiro, que conta com 15 anos de experiência na área veterinária, aconselha as famílias a falarem com o seu médico veterinário para conseguirem um medicamente calmante para os patudos mais assustados.
A veterinária acrescenta que uma ajuda essencial que pode ser feita em casa é o método Tellington Touch, que consiste na utilização de um lenço ou uma fita que é enrolado à volta do corpo dos animais em pontos específicos para deixá-los mais tranquilos nos momentos mais stressantes. “São pontos que permitem que o animal fique um pouco mais tranquilo”, explica. “Vivi isto muito a sério com a minha cadela que agora já está velhota e com perda de audição, mas quando não estava, nesta altura era sempre uma altura de bastante stress e foram estratégias que fomos adotando.”
De seguida, carregue na galeria para saber mais sobre o método Tellington Touch e outros cuidados que deve ter para evitar ao máximo o stress e o medo dos animais no último dia do ano.