Saúde

Tomé foi atropelado em Barcelos e precisa de três cirurgias. “Será um longo caminho”

Não se queixava, mas o olhar triste implorava por ajuda. Foi diagnosticado com fratura de bacia, luxação do fémur e uma hérnia.
Precisa de ajuda.

Um animal que vive nas ruas está sempre sujeito a imensos perigos. Sem nunca saber se come e bebe todos os dias, tenta sobreviver ao mau tempo, ao calor excessivo, a quem não lhe quer bem e até a outros da sua espécie que possam vê-lo como uma ameaça. Para alguns, a vida acaba por ser muito curta. Para outros é o infortúnio de um dia infeliz que acaba por fazer a diferença – e foi isso mesmo que aconteceu com Tomé, abandonado recentemente na freguesia de Pousa, em Barcelos – no distrito de Braga.

Tomé é um cão jovem, de porte pequeno. Meigo e sossegado, estava a ser alimentado por uma protetora que se compadeceu com a sua situação. Mas o dia 3 de novembro trouxe-lhe mais uma desventura: foi atropelado. Aflita, a sua cuidadora pediu ajuda à associação local de proteção animal, GAAP – Grupo de Amigos de Animais da Pousa, que se apressou a socorrê-lo. E agora precisa do apoio de todos.

“Só soubemos da existência dele quando foi atropelado. Estava cheio de dores. Foi de imediato levado ao hospital e mostrou ser mesmo um amor. Não se queixava com nada, mas estava gelado e ao mesmo tempo com um ar super triste e a pedir auxílio”, conta à PiT uma responsável do GAAP, que ficou responsável pelo patudo e que lhe deu o nome.

Tomé
Um olhar meigo.

Tomé vai ser já operado a uma hérnia

Durante os primeiros dois dias foi necessário estabilizar a temperatura e aliviar as dores. Só depois foi feita a avaliação – e apesar de não correr risco de vida, ainda tem um longo processo de recuperação pela frente. “O Tomé foi diagnosticado com fratura de bacia, luxação da cabeça do fémur e uma hérnia abdominal. Todas estas lesões necessitam de intervenção cirúrgica, duas delas ortopédicas, e não podem ser realizadas simultaneamente” explica a responsável da associação.

Estes procedimentos implicam muita vigilância e cuidados pós-operatórios e, possivelmente, fisioterapia. “Os primeiros dias após as cirurgias devem ser sempre vigiados em ambiente hospitalar, de forma a controlar a dor e possíveis infeções ou outras complicações que possam surgir. Será um longo caminho de tratamento e recuperação que deve e merece ser acompanhado, porque o Tomé precisa de nós”, diz a protetora do GAAP.

Tomé tem já uma possível família em vista, mas há ainda muito caminho a percorrer. “Fomos surpreendidos, por estes dias, com uma senhora que nos abordou e mostrou interesse em ajudar e até mesmo adotar o Tomé. Estamos contentes. Contudo, este processo irá demorar imenso tempo, dependendo da recuperação do pequeno. Mas temos fé e vamos tentar a melhor recuperação possível”, aponta.

Para que esse processo corra bem, o GAAP precisa de apoio. “Apelamos para que as pessoas nos possam ajudar a partilhar a história deste patudo e também a nível monetário, uma vez que irá ser um valor bastante elevado para a associação suportar. Ainda esta semana irá começar o seu processo de recuperação com a realização da primeira cirurgia, que será à hérnia”, explica a voluntária.

Se puder ajudar, não hesite. Na publicação que a associação fez sobre o Tomé estão todas as indicações sobre como poderá fazê-lo. Ele conta consigo. Percorra a galeria, veja a sua evolução desde 3 de novembro – as fotos mais recentes são da autoria da Shootsounds/Joana Rita Bastos Sousa – e ajude-o a ficar bem.

ver galeria

ÚLTIMOS ARTIGOS DA PiT