Saúde

Um cão pode ter um enfarte? É mais provável um ataque cardíaco

Maio é o mês do coração. Como está o do seu patudo? O ritmo cardíaco tem cadência regular? Respiração deve ser estável e sem esforço
Cuidar do coração.

Muitas das doenças que atingem os seres humanos podem ser, também, encontradas nos seus animais de companhia, como os cães. É por isso que eles, tal como nós, precisam de exames de rotina para sabermos se estão saudáveis. O coração é um órgão que está sempre em foco, mas será que todos temos noção dos problemas que podem surgir de um coração menos saudável?

Sendo maio o mês do coração, esta é uma boa altura para nos debruçarmos sobre o assunto. E uma pergunta que muitas vezes nos assalta é a seguinte: um cão pode ter um enfarte?

Antes de mais, há que fazer a distinção entre enfarte (do miocárdio) e ataque cardíaco. Um enfarte é também conhecido como ataque cardíaco e acontece quando uma ou mais artérias que irrigam o músculo do coração ficam obstruídas pela formação de um coágulo que entope este canal e interrompe a oxigenação do sangue. Já o ataque – ou paragem cardíaca – pode ou não ser um enfarte. Ou seja, o ataque cardíaco é um colapso do coração após uma sequência de batidas irregulares que leva a uma disfunção e paralisa esse órgão. Já o enfarte está mais associado a derrames cerebrais pelo facto de a falta de irrigação atingir com facilidade o cérebro. Em ambos os casos, uma coisa é certa: um rápido socorro é imprescindível.

Nos cães, o enfarte “puro e duro” ocorre com pouca frequência. “É possível, mas raro. Já o ataque cardíaco é comum devido a várias cardiomiopatias diferentes”, explica à PiT a médica veterinária Liliana Dias. Mas nem sempre é fatal. “Depende da gravidade e de se chegar a tempo a um veterinário”.

E há forma de estar atento a sintomas e sinais? Sim, embora seja mais simples nos cães do que nos gatos. ”Normalmente, as pessoas notam que os cães ficam descoordenados, andam em círculos, inclinam-se para um lado, têm dificuldade em aguentar-se nos membros posteriores e não querem comer”, sublinha a médica, responsável pela Clínica Veterinária Dra. Liliana Dias.

No caso dos felinos é um pouco diferente. “O maior problema é mesmo nos gatos, porque quando as pessoas notam sintomas a doença já costuma estar muito avançada. Nestas situações, os gatos normalmente deixam de comer porque têm dificuldade em respirar. Ficam com as mucosas e a língua arroxeadas e desmaiam”, aponta a veterinária.

Por tudo isto, a melhor prevenção é mesmo estar muito atento. E isso passa por não negligenciar uma avaliação regular do seu estado de saúde. Uma vez que envelhecem mais depressa do que as pessoas, os nossos animais de companhia devem fazer um check-up duas vezes por ano junto do médico veterinário. E a obesidade é um fator que joga contra o coração. Percorra a galeria para saber mais sobre o assunto.

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