Animais

Patinhas Errantes resgatou 4 cães em Gaia. Mas precisa de ajuda para o alojamento

É prioritário vaciná-los, microchipá-los e esterilizá-los. E só o hotel vai acarretar uma despesa mensal de €200.
Logan e Marvin querem um lar.

As associações, protetores particulares e projetos da causa animal deparam-se diariamente com muitos patudos a precisarem de ajuda, desde os cuidados veterinários ao acolhimento, passando pela alimentação. São muitas as despesas que estes voluntários se esforçam por conseguir pagar e sem a ajuda de quem acredita no seu trabalho é impossível continuarem. É este atualmente o caso do projeto Patinhas Errantes – que cuida de matilhas e animais de rua na zona de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

Foi a 29 de março que as voluntárias do projeto pediram ajuda para recolher quatro cães que viviam em condições miseráveis, em Grijó – Gaia. O resgate foi feito a 4 de abril e um dos patudos, que é cego, conseguiu uma família de acolhimento temporário (FAT). Os restantes três precisaram de ir para um hotel canino, dado que o projeto não está com instalações disponíveis. As despesas avolumam-se e o Patinhas Errantes está desesperado com a situação, apelando a quem possa ajudar.

“Já conhecíamos esta família de Grijó. Sabendo que ali procriavam os animais, sem qualquer limite, trouxemos de lá vários bebés e esterilizámos algumas fêmeas. Bem queríamos ter trazido mais connosco, mas a família recusou terminantemente. Agora a esposa caiu doente e está praticamente em estado terminal, e o homem diz que não consegue tratar dos animais, tendo-nos rogado que lhos levássemos”, explica à PiT uma das responsáveis do Patinhas Errantes. Apesar de ser impensável, para estas voluntárias, virar costas aos animais, o certo é que a situação veio trazer um encargo que não conseguem suportar sozinhas. “Tem sido difícil, pois só uma pessoa acedeu ao nosso pedido de FAT, e está com o cãozinho cego”.

Despesas crescem para o Patinhas Errantes

“Apesar de estarmos com as contas a zero, fomos empurradas para a solução de hotel, pois estamos em sobrelotação e não os podíamos abrigar. Temos agora o encargo do pagamento mensal de 200 euros – e um mês passa tão depressa”, diz a mesma protetora, acrescentando que “é prioritário vaciná-los, microchipá-los e esterilizá-los a todos”. Parte desse esforço já foi feito, mas as despesas acumularam-se.

Patinhas
Quatro patudos à espera de uma oportunidade.

“São mesmo muito meigos, mas terão também que ser socializados para aprenderem a andar à trela e a fazer as necessidades no exterior. O nosso apelo para FAT ainda está ativo, pois ninguém melhor do que famílias que os recebam com carinho para os fazer aprender a coabitar com os seus futuros humanos. Mas, para tudo isto, precisamos de ajuda”, salienta a responsável. Além disso, enquanto estiverem a cargo do Patinhas Errantes, as voluntárias querem poder dar-lhes ração de qualidade, “pois estão seguramente desnutridos”. Tudo isto para que possam esquecer rapidamente o que viveram. “Estes animais viveram desde sempre em condições insalubres, hediondas e desumanas. O cheiro era nauseabundo, havia dejetos e comida espalhada pelo chão. E isto sem nunca verem a luz do dia desde há anos”.

E para que a vida destes cães seja plena, todos eles já têm novos nomes. “Já os rebatizámos, cortando com o horrível passado”, frisam as protetoras de Gaia. Os dois “caramelos” são agora o Logan e o Marvin, o patudo “com ar de Shar-pei” é o Otto e o pequenote cego é o Vini. “O Otto, o Logan e o Marvin já estão em hotel até haver uma adoção. O Vini, o cãozinho cego, teve a sorte de arranjar logo um lar temporário. No entanto, em maio a família irá viajar até ao Brasil e teremos de encontrar uma alternativa. Uma adoção seria o ideal até lá”, apelam as voluntárias.

Novos nomes, nova vida para estes patudos

Entretanto, o Logan e o Marvin já foram esterilizados e colocou-se o microchip. A esterilização do Otto também já está agendada para dia 22 de abril, tendo já levado a primeira dose de vacinas e sido microchipado. “Os caramelos Logan e Marvin estão a ficar mais calmos porque finalmente têm tempo de recreio ao ar livre (coisa que não viam há anos) e a castração está a ter resultados positivos. O Otto, por seu lado, é um doce com animais e pessoas, um cãozinho submisso e muito bonzinho. Tem 30kg e beneficiaria muito se pudéssemos encontrar-lhe uma família que lhe desse carinho e o socializasse numa vida familiar normal. Ele só conheceu uma vida de tortura e, apesar disso, é um amor. Após a esterilização iremos tentar arranjar lhe uma família de acolhimento até à adoção”, explica o Patinhas Errantes.

As despesas vão aumentando e são elevadas. “Temos outros animais em tratamentos e aparecem sempre situações onde temos de atuar. Não sabemos durante quanto tempo teremos de pagar o hotel, faltam algumas vacinas, falta a castração do Otto e gostaríamos de marcar uma consulta de oftalmologia para o Vini e, quem sabe, restituir-lhe a visão se for possível. Para tudo isso é preciso meios. Precisamos de ajuda para podermos sustentar esta situação”, apela o projeto de ajuda animal.

Se puder ajudar através de transferência bancária (PT50 0193 0000 1050 8284 0719 5) ou por MBWay ( 919 287 844 / 912 799 607), toda a ajuda é bem-vinda, já que, além do alojamento em hotel, as despesas veterinárias também já vão altas. “Por favor, não ignorem este nosso apelo”, pedem as protetoras de Vila Nova de Gaia, que têm esperança de vir a conseguir boas famílias para todos eles. Percorra a galeria para os conhecer melhor.

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