Família

IRA quer criar novo partido político para lutar pelo bem-estar animal

A nova força política seguirá os mesmos princípios, e pretende aumentar as penas para quem maltrata os animais de companhia.
Para lutar pelos animais.

A relevância da causa animal continua a consolidar-se no meio político em Portugal, agora com o anúncio do IRA, que pretende transformar-se num partido político. A informação foi avançada pela própria organização, através das redes sociais, na terça-feira, 6 de maio.

“Chegou a hora. A hora em que nascerá um partido com a mesma garra com que sempre lutámos pelo bem-estar animal, com a proteção da vida em todas as suas formas e com o apoio a todas as pessoas que dedicam a sua luta na defesa dos mais vulneráveis”, começa por anunciar, na descrição de um vídeo da manifestação que há dois anos juntou milhares de pessoas em Lisboa, contra a anulação da lei de maus tratos a animais.

Na mesma mensagem, o IRA assegura manter o propósito do grupo, e seguir os princípios de “seriedade, ética, rigor e responsabilidade”. Aos seguidores, pede que sugiram nomes para o futuro partido. “Deixem a vossa sugestão de nome nos comentários e participem na construção de um movimento político de raiz”, pode ler-se.

Tomás Pires, Presidente do Grupo de Intervenção e Resgate Animal desde a sua criação, em 2017, será o líder do novo partido, que deverá começar a tomar forma no próximo ano, avança o jornal “Público”. O líder afirma não se posicionar no espectro político, seja à esquerda ou à direita, e diz que “mais de 80 por cento” dos seguidores da organização nas redes sociais “querem a criação de um novo partido animalista”.

Alega existir uma falha na defesa animal, e explica que os futuros integrantes do partido serão escolhidos através de uma triagem exaustiva “para evitar aquilo que tem acontecido nalgumas forças políticas”.

Caso seja eleito, aponta como objetivo aumentar as penas de quem maltrata animais, exemplificando alguns casos com os quais se deparou. “Um homem que tinha em casa uma cadela que deixou definhar à fome e à sede, em Vila Franca de Xira, foi multado em mil euros. Outro que afogou o cão no rio Arade, no concelho de Lagoa, amarrando-lhe dois tijolos ao pescoço, foi condenado a uma pena suspensa e amnistiado no âmbito da vinda do Papa a Portugal. Quem comete estas barbaridades não pode continuar a sair dos tribunais satisfeito, com um sorriso na cara”.

O fundador do IRA destaca a criminalização do confinamento de animais em espaços pequenos, como varandas, durante longos períodos de tempo, e lamenta a intenção do PSD de permitir a criação de animais, desde que lhes seja aplicado um microchip, sem outras garantias ou preparações.

Declara ainda que o Estado deveria ser obrigado a financiar as associações de defesa animal de forma substancial, “em vez de lhes dar apenas migalhas”.

Carregue na galeria para conhecer o caso dos 14 animais resgatados em Braga pelo IRA durante o apagão.

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